Vereadores de Estância Velha aprovaram por 5 votos a 4 os projetos de lei que determinam mudanças no plano de carreira dos professores municipais. Os projetos foram apresentados pela prefeitura como uma medida essencial para conter despesas e garantir a sustentabilidade financeira a longo prazo.
A sessão extraordinária foi marcada por manifestações na manhã sexta-feira (26).
Foto: Joceline Silveira/GES-Especial
Antes da sessão, os professores se concentraram em frente ao local. Em seguida, lotaram o plenário.
Projeto de lei
Conforme o Executivo, as mudanças fazem parte da adequação financeira do orçamento do município. Atualmente em Estância Velha não é pago o piso da categoria para jornada de 40 horas semanais, que é de R$ 4.067,52.
A justificativa é a falta de condições financeiras e o risco de ultrapassar os limites estabelecidos pela Lei de Responsabilidade Fiscal, mas remunera através de outros benefícios.
Nas propostas de restruturação do plano de carreira, que não são aceitas pela classe, algumas destas vantagens seriam excluídas, em contrapartida o piso passaria a ser pago e uma média salarial mais elevada ao longo do tempo.
Conforme o Executivo “com as alterações propostas, o plano de carreira para quem ingressará no Município melhora substancialmente”, disse em nota.
Confusão
Por volta das 10h40, uma confusão foi registrada e agentes da Brigada Militar (BM) retiraram a professora aposentada Gladis Hansen do plenário. A educadora havia se coloco à frente do público e falou por alguns minutos.
“O que vai manter a minha velhice e a dos meus colegas é esse salário”, disse. “Eu não posso ficar quieta, eu preciso falar por nós todos”, afirmou. Logo depois, um policial militar a conduziu para fora.
Após o ocorrido, quase todos os professores se retiraram do prédio e se organizaram novamente em frente à sede do legislativo, onde acompanham as falas dos vereadores por um telão. A sessão chegou a ser interrompida por cinco minutos, mas foi retomada.
