VAI LONGE!
Atleta de Campo Bom embarca participa do Mundial de Skate
Sofia Godoy, de 14 anos, vai disputar a competição em Sharjah, nos Emirados Árabes, a partir deste domingo (5)
Última atualização: 22/01/2024 14:02
"É tão pouco tempo de skate, e eu estou realizando esse sonho de competir fora do país. Vai ser incrível. Era uma coisa que eu não imaginava. Começou do nada. Eu só pedi para dar uma volta no skate do meu pai e agora estou no Mundial. Eu não consigo explicar a sensação", conta a jovem skatista Sofia Godoy, de 14 anos.Nascida em Novo Hamburgo, mas vivendo em Campo Bom desde os seus primeiros dias de vida, Sofia Godoy disputará, a partir deste domingo (5), em Sharjah, nos Emirados Árabes, o Mundial de Skate Park. A competição também contará pontos no ranking para os Jogos Olímpicos Paris 2024.
"Eu sei que eu quero me divertir muito, aproveitar ao máximo com meus amigos, espero conseguir fazer a minha linha. É um país bem diferente, vai ser bem legal. Uma experiência inesquecível", conta a integrante da seleção brasileira júnior antes do embarque desta quinta-feira. Essa será a primeira competição da modalidade no Oriente Médio.
Como vai funcionar
O torneio vai contar com quatro etapas: classificatórias, quartas de final, semifinais e final, entre os dias 5 e 12. Os primeiros dias são destinados aos treinamentos. Em todas as fases, as skatistas poderão realizar três voltas de 45 segundos, valendo como nota final a volta de maior pontuação.
A classificatória acontecerá no dia 8. A segunda fase (quartas de final) do evento reunirá 32 atletas (melhores da primeira fase mais as pré-classificados), e será no dia 10. A semifinal, do dia 11, terá as 16 competidoras com as notas mais altas. As oito melhores farão a grande final no dia 12.
Além de Sofia Godoy, o time feminino da modalidade Park, levado pela Confederação Brasileira de Skate (CBSK), é formado por Dora Varella, Emily Antunes, Erica Leguizamon, Fernanda Tonissi, Isadora Pacheco, Lua Vicente, Raicca Ventura, Victoria Bassi e Yndiara Asp. O evento também conta com a categoria masculina e a modalidade Street. Ao todo, o Brasil é representado por 40 atletas.
Longe dos pais pela primeira vez
Com o coração partido, mas por um bom motivo, Doglas Godoy, 36, e a mãe, Fernanda Pocahy, de 41, vão ficar longe da filha em uma competição pela primeira vez.
"Nós tínhamos dúvidas em mandá-la. Conversei com o Miguel Catarina, auxiliar técnico da seleção, e ele tranquilizou a gente. Mostrou o planejamento, falou que a Sofia vai ser bem assistida, e isso ajudou na decisão."
Grande influenciador por ela estar na modalidade, o patriarca conta que o esporte já alterou a relação da família. "O skate mudou a nossa vida. Hoje nós vivemos para ela. Ela era uma criança muito envergonhada e hoje é uma menina de atitude, que gosta de conversar e fazer amizades. O esporte trouxe isso para nós, além de aproximar a gente como família. Tem dias que levamos chimarrão, pipoca, e vamos todos vê-la na pista. O principal legado que o skate vai deixar para a nossa família é a união", revela Godoy.
Rotina com treino e escola
Três vezes na semana, Sofia sai de Campo Bom para treinar em Porto Alegre, na Orla do Guaíba. A jornada começa um pouco antes das 6 horas. "Nas férias, saímos bem cedo por causa da distância. Tem dias que também ando durante a tarde. Já quando estou em aula, estudo pela manhã e vamos para a pista durante a tarde." A atleta tem sessões de quiropraxia, fisioterapia e aulas de inglês.
Aluna do 9º ano do Centro de Educação Integrada (CEI), Sofia conta que tem o apoio da escola, dos professores e de seus colegas. "Fico um tempo fora por causa das competições e quando volto sou bem recebida. Eles me mandam bilhetes falando que estão torcendo por mim." A adolescente já pensa no futuro. "Quero fazer psicologia. Gosto de ajudar as pessoas. O skate é 80% mental e 20% físico, porque tem que saber lidar com as situações."
Expectativa é de ficar entre as 20
"Não é treino, é sessão", diz Sofia, ao se referir ao momento em que entra na pista. Ela é treinada por Dinho Rejani, 51, que já tem o skate como parceiro há 38 anos. Os treinamentos são presenciais e, quando ele não está junto, a atleta envia os vídeos para serem analisados. O professor, que trabalha com a menina há dois anos, conta o que espera da participação no Mundial. "Temos que andar com os pés no chão. Criamos uma expectativa, mas, se ficar entre as 20, já estamos muito felizes."
Rejani também fala da vontade de Sofia. "O desenvolvimento dela é fruto da dedicação que ela tem. Nunca está feliz com o que está fazendo, sempre quer melhorar. O resultado é uma evolução constante", conta. "Um ponto forte dela é a velocidade. Como ela ainda é uma criança que está se desenvolvendo, falta força física", finaliza.
"É tão pouco tempo de skate, e eu estou realizando esse sonho de competir fora do país. Vai ser incrível. Era uma coisa que eu não imaginava. Começou do nada. Eu só pedi para dar uma volta no skate do meu pai e agora estou no Mundial. Eu não consigo explicar a sensação", conta a jovem skatista Sofia Godoy, de 14 anos.Nascida em Novo Hamburgo, mas vivendo em Campo Bom desde os seus primeiros dias de vida, Sofia Godoy disputará, a partir deste domingo (5), em Sharjah, nos Emirados Árabes, o Mundial de Skate Park. A competição também contará pontos no ranking para os Jogos Olímpicos Paris 2024.
"Eu sei que eu quero me divertir muito, aproveitar ao máximo com meus amigos, espero conseguir fazer a minha linha. É um país bem diferente, vai ser bem legal. Uma experiência inesquecível", conta a integrante da seleção brasileira júnior antes do embarque desta quinta-feira. Essa será a primeira competição da modalidade no Oriente Médio.
Como vai funcionar
O torneio vai contar com quatro etapas: classificatórias, quartas de final, semifinais e final, entre os dias 5 e 12. Os primeiros dias são destinados aos treinamentos. Em todas as fases, as skatistas poderão realizar três voltas de 45 segundos, valendo como nota final a volta de maior pontuação.
A classificatória acontecerá no dia 8. A segunda fase (quartas de final) do evento reunirá 32 atletas (melhores da primeira fase mais as pré-classificados), e será no dia 10. A semifinal, do dia 11, terá as 16 competidoras com as notas mais altas. As oito melhores farão a grande final no dia 12.
Além de Sofia Godoy, o time feminino da modalidade Park, levado pela Confederação Brasileira de Skate (CBSK), é formado por Dora Varella, Emily Antunes, Erica Leguizamon, Fernanda Tonissi, Isadora Pacheco, Lua Vicente, Raicca Ventura, Victoria Bassi e Yndiara Asp. O evento também conta com a categoria masculina e a modalidade Street. Ao todo, o Brasil é representado por 40 atletas.
Longe dos pais pela primeira vez
Com o coração partido, mas por um bom motivo, Doglas Godoy, 36, e a mãe, Fernanda Pocahy, de 41, vão ficar longe da filha em uma competição pela primeira vez.
"Nós tínhamos dúvidas em mandá-la. Conversei com o Miguel Catarina, auxiliar técnico da seleção, e ele tranquilizou a gente. Mostrou o planejamento, falou que a Sofia vai ser bem assistida, e isso ajudou na decisão."
Grande influenciador por ela estar na modalidade, o patriarca conta que o esporte já alterou a relação da família. "O skate mudou a nossa vida. Hoje nós vivemos para ela. Ela era uma criança muito envergonhada e hoje é uma menina de atitude, que gosta de conversar e fazer amizades. O esporte trouxe isso para nós, além de aproximar a gente como família. Tem dias que levamos chimarrão, pipoca, e vamos todos vê-la na pista. O principal legado que o skate vai deixar para a nossa família é a união", revela Godoy.
Rotina com treino e escola
Três vezes na semana, Sofia sai de Campo Bom para treinar em Porto Alegre, na Orla do Guaíba. A jornada começa um pouco antes das 6 horas. "Nas férias, saímos bem cedo por causa da distância. Tem dias que também ando durante a tarde. Já quando estou em aula, estudo pela manhã e vamos para a pista durante a tarde." A atleta tem sessões de quiropraxia, fisioterapia e aulas de inglês.
Aluna do 9º ano do Centro de Educação Integrada (CEI), Sofia conta que tem o apoio da escola, dos professores e de seus colegas. "Fico um tempo fora por causa das competições e quando volto sou bem recebida. Eles me mandam bilhetes falando que estão torcendo por mim." A adolescente já pensa no futuro. "Quero fazer psicologia. Gosto de ajudar as pessoas. O skate é 80% mental e 20% físico, porque tem que saber lidar com as situações."
Expectativa é de ficar entre as 20
"Não é treino, é sessão", diz Sofia, ao se referir ao momento em que entra na pista. Ela é treinada por Dinho Rejani, 51, que já tem o skate como parceiro há 38 anos. Os treinamentos são presenciais e, quando ele não está junto, a atleta envia os vídeos para serem analisados. O professor, que trabalha com a menina há dois anos, conta o que espera da participação no Mundial. "Temos que andar com os pés no chão. Criamos uma expectativa, mas, se ficar entre as 20, já estamos muito felizes."
Rejani também fala da vontade de Sofia. "O desenvolvimento dela é fruto da dedicação que ela tem. Nunca está feliz com o que está fazendo, sempre quer melhorar. O resultado é uma evolução constante", conta. "Um ponto forte dela é a velocidade. Como ela ainda é uma criança que está se desenvolvendo, falta força física", finaliza.
"Eu sei que eu quero me divertir muito, aproveitar ao máximo com meus amigos, espero conseguir fazer a minha linha. É um país bem diferente, vai ser bem legal. Uma experiência inesquecível", conta a integrante da seleção brasileira júnior antes do embarque desta quinta-feira. Essa será a primeira competição da modalidade no Oriente Médio.