SAÚDE AFETADA

CATÁSTROFE NO RS: Água recua e hospital estima prejuízo de R$ 2 milhões em equipamentos

Hospital de Rolante tinha 16 pacientes internados na madrugada de quinta-feira (2), quando água começou a subir rapidamente

Publicado em: 03/05/2024 16:46
Última atualização: 03/05/2024 17:02

Entre os locais de Rolante inundados pelas cheias dos rios Rolante e Areia está o hospital da cidade. O alagamento começou por volta das 4h30 de quinta-feira (2). Nesta sexta-feira (3), com o recuo das águas na cidade do Vale do Paranhana, foi possível ver a dimensão do estrago.


Água atingiu medicamentos e equipamentos Foto: Genaro Figoli/Especial

Só em equipamentos, a administração do Hospital Rolante estima um prejuízo de R$ 2 milhões. Na lista estão aparelho de Raio-X, avaliado em R$ 500 mil; torre de vídeo para cirurgias não invasivas, também de R$ 500 mil; aparelhos de anestesia, orçados em R$ 200 mil cada; além de medicamentos, parte de hotelaria e computadores.

Diretor executivo do Hospital Rolante, Genaro Figoli afirma que o hospital possui plano de contingência, já que a cidade costuma enfrentar enchentes, mas nada como a desta semana. “Toda parte operacional, onde ficam os leitos, está no primeiro andar. Já chegou a pegar água no térreo, mas numa parte, numa ala, nada como desta vez”, admite.

De acordo com Figoli, o nível da água atingiu 1,5 metro e afetou todo o primeiro andar do hospital, onde ficam 52 leitos e os equipamentos médicos. “Ano passado o rio chegou a 2,5 metros, 3 metros. Desta vez chegou a 8 metros.”

Água chegou a 1,5 metroGenaro Figoli/Especial
Hospital de RolanteGenaro Figoli/Especial
Hospital de RolanteHospital de Rolante
Hospital de RolanteHospital de Rolante
Hospital de RolanteHospital de Rolante

O administrador explica que 16 pacientes estavam internados no local. Todos foram preliminarmente levados para o segundo andar, onde fica o setor administrativo. “Depois transferimos para o hospital de Riozinho”, detalha Figoli.

Nesta sexta-feira, o local invadido pela água foi limpo e engenheiros avaliavam o que pode ser recuperado, mas Figoli não tem muitas esperanças. “Imagina o estrago que 1,5 metro de água com barro em Raio-X, medicamentos, equipamentos causa? Vamos precisar de ajuda do Estado”, afirma.

Figoli já entrou em contato com a secretária estadual da Saúde, Arita Bergmann, solicitando ajuda. “Gostaríamos de abrir amanhã, mas obviamente não é possível. Acredito que vamos levar um mês até reabrir.”

O hospital atende outras cidades do Vale do Paranhana, sendo referência em traumato-ortopedia, dermatologia e cirurgia geral.

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