GENEROSIDADE

CATÁSTROFE NO RS: Moradores formam fila para encher bombonas de água em frente a empresa de Novo Hamburgo

População afetada pela enchente conta com a solidariedade de moradores com poço para abastecer bombonas com água potável

Publicado em: 06/05/2024 15:47
Última atualização: 06/05/2024 15:58

Uma loja de materiais de construção do bairro Liberdade decidiu fornecer água de poço para moradores que estão sem acesso à água potável desde a última sexta-feira (3), quando ocorreu a interrupção do abastecimento em Novo Hamburgo devido a enchente que atingiu o Vale do Sinos.


Duda Chaves atravessou a BR-116 para abastecer bombonas com água potável Foto: Isaías Rheinheimer/GES-Especial

Na manhã desta segunda-feira (6), uma fila chegou a se formar em frente ao estabelecimento. “A torneira está à disposição desde sábado, mas foi hoje que o pessoal ‘descobriu’ e está formando filas aqui na frente. Estamos ajudando como podemos”, afirma Jocy Fiorentin, 34 anos.

Até mesmo moradores de São Leopoldo atravessaram a BR-116 para abastecer bombonas de água no local. É o caso de Duda Chaves, que veio do Parque Itapema para encher recipientes com água em Novo Hamburgo. “É um ato de generosidade que não sei nem como descrever. Água é algo essencial, para necessidades básicas”, afirma. 

Em Novo Hamburgo, a Comusa - Serviços de Água e Esgoto iniciou nesta segunda-feira uma avaliação da situação da casa de bombas em Novo Hamburgo. De acordo com a autarquia, ainda é necessário que o Rio dos Sinos baixe pelo menos 20 centímetros para começar a operação de retomada da captação de água. 

Na cidade vizinha, São Leopoldo, a captação de água também teve que ser interrompida pelo Serviço Municipal de Água e Esgotos (Semae) por conta da cheia do Rio dos Sinos. Em entrevista à Rádio ABC 103.3 FM, o prefeito, Ary Vanazzi, disse que o município realizou uma mudança técnica e estão testando captar água. "Já amanhã (terça-feira) se der certo para começar o processo de tratamento de água em São Leopoldo, para devolver o abastecimento de água, minimamente, a nossa população", enfatizou. 


Moradores afetados pela enchente formam fila em frente a loja de materiais de construção atrás de água potável Foto: Isaías Rheinheimer/GES-Especial

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