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CENSO 2022: Região tem mais de 120 mil apartamentos, mas maior parte dos imóveis ainda são casas

Dados do Censo 2022 demonstram o crescimento proporcional em imóveis verticalizados

Publicado em: 25/02/2024 20:05
Última atualização: 25/02/2024 20:05

Novo Hamburgo é a cidade da região de cobertura do ABC, com o maior número proporcional de apartamentos em comparação com o de casas. Os dados integram mais uma etapa do Censo realizado em 2022 e foram divulgados nesta sexta-feira (23) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) que apontou um aumento geral em todo país na proporção entre pessoas que vivem em apartamentos no país.


Vista aérea de Novo Hamburgo, com o Parque Henrique Roessler, o Parcão, em primeiro plano Foto: João Ávila/GES

Em toda a região, há atualmente 120,9 mil apartamentos, enquanto as casas totalizam 679,8 mil. Mesmo com população menor e, em números absolutos tendo menos imóveis do tipo apartamento, Novo Hamburgo supera cidades maiores como Canoas na proporção de pessoas vivendo nesse tipo de residência.

O Censo aponta que 25,4% da população vivendo em apartamentos, mesmo tendo um total de 22,6 mil imóveis do tipo, bem abaixo de Canoas, a cidade com mais residências do tipo, um total de 32,4 mil imóveis do tipo.

Só que na proporcionalidade, a cidade de Canoas tem 24,46% da população vivendo em apartamentos. Esteio, São Leopoldo e Dois Irmãos vem na sequência entre as cidades com mais pessoas vivendo em apartamentos.

A região não é um caso isolado no crescimento dessa modalidade de moradia, já que em todo país e mesmo no Rio Grande do Sul, o Censo 2022 mostrou um crescimento na proporção entre moradores de casas e apartamentos. Nos últimos 12 anos o número de apartamentos cresceu mais de 52% em todo Estado.

E apenas em Porto Alegre, esses imóveis representam 42,36% dos imóveis de moradia, fazendo dela a quinta cidade do país com maior percentual deste tipo de imóvel, comprovando a tendência de verticalização da cidade. Curiosamente, entre as 10 cidades com maior proporção de pessoas vivendo em apartamentos não estão as cidades de São Paulo e Rio de Janeiro, as duas cidades mais populosas do país.

O primeiro lugar do ranking é ocupado pela cidade de Santos, no litoral paulista, seguida de Balneário Camboriú, conhecida cidade do litoral de Santa Catarina. Seguem na lista, São Caetano do Sul, também em São Paulo e Vitória, capital do Espírito Santo.

Onde as casas são favoritas

Mas a tendência por verticalização das cidades não chega a todos os municípios da região. Na maior parte das cidades da região ainda prevalece o desejo pela moradia mais tradicional. As casas predominam na preferência de municípios como Linha Nova e Capela de Santana, onde a existência de residências verticalizadas é próxima à nula.

Capela de Santana teve 57 apartamentos registrados no Censo de 2022, número ínfimo quando considerados os mais de 4,1 mil imóveis registrados na cidade. Cenário semelhante se repete Nova Santa Rita, Riozinho e Araricá, que também tem menos de 2% de apartamentos.

Para Juliano Oliveira, 40, que mora desde 2001 na mesma residência em Capela de Santana, a vantagem de morar em uma casa no interior é a proximidade com a vizinhança. "Temos três cãezinhos que vivem livres, não precisam estar acorrentados. Também temos a mesma vizinhança há muitos anos. Capela é uma cidade que, basicamente, todo mundo se conhece. A vida numa casa, no interior, com pátio, é muito bacana", avalia

Oliveira mora com a noiva e a mãe, e conta que passou toda a infância e adolescência aproveitando o pátio de casa. “Se um dia eu tiver filhos, eu espero que eles possam usufruir disso também. Gostaria que tivessem a mesma oportunidade que tive. Não vejo desvantagens em morar em uma casa”, completa.

Moradora de Sapiranga se mudou para apartamento em Novo Hamburgo

Quando decidiu sair da casa dos pais, em Sapiranga, Thaynara Diniz, 29, optou por escolher um apartamento em Novo Hamburgo, no bairro Jardim Mauá. Manauara, há cinco anos ela mora no Rio Grande do Sul e há dois anos e meio se mudou para a cidade hamburguense. “Saímos de casa, eu e minhas duas primas, e a gente acabou escolhendo Novo Hamburgo, entre Campo Bom e Sapiranga, pelo custo-benefício”, explica.

Conforme Thaynara, as três procuravam um local com três quartos, com um valor que fosse acessível para todas. Além disso, a preferência era por apartamento, devido a praticidade e segurança. “Afinal, como são três mulheres sozinhas, a gente precisava de segurança. Esse que escolhemos já vinha semi mobiliado, temos estacionamento, piscina, academia e outras facilidades”, comenta.

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