ECONOMIA

Comer fora de casa pode ficar mais caro a partir do aumento de ICMS? Entenda

Entidade gaúcha teme aumento de insumos alimentícios e participa de manifesto empresarial

Publicado em: 27/11/2023 17:01
Última atualização: 27/11/2023 17:22

Os gastos dos gaúchos com alimentação fora de casa podem subir. É o que garante a Associação Brasileira de Bares e Restaurantes no Rio Grande do Sul (Abrasel no RS). Segundo a entidade, o impacto no setor deve ocorrer a partir da proposta de aumento no ICMS. Para o segmento de Alimentação Fora do Lar, o principal risco na majoração da alíquota é pela elevação nos preços de insumos alimentícios.


Para o segmento de Alimentação Fora do Lar, o principal risco na majoração da alíquota é pela elevação nos preços de insumos alimentícios, avalia entidade Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

Em pesquisa divulgada em novembro pela Abrasel, 28% dos bares e restaurantes fizeram reajustes abaixo da inflação dos últimos 12 meses e 38% dos estabelecimentos optaram por não subir os valores por receio de perder púbico. Com aumento previsto no ICMS, o reajuste deve acontecer.

"O aumento de custos afeta na negociação com fornecedores e na conta para o consumidor final. Com preços mais altos, os estabelecimentos precisam reajustar o cardápio para não ficar no prejuízo", avalia João Melo, presidente da Abrasel no RS.

Manifesto

A entidade faz parte de um grupo de 40 organizações do RS que é contra a proposta do governador Eduardo Leite. As organizações representam setores de saúde, comércio, construção civil, turismo, comunicação, tecnologia e gastronomia.

Um manifesto foi enviado ao governador nesta segunda-feira (27), relatando a preocupação com os impactos gerados pelo acréscimo e propõe alternativas focadas "na racionalização de gastos governamentais, combate à sonegação fiscal e busca pela eficiência no serviço público para suprir uma possível perda de arrecadação por conta da reforma tributária."

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"A solução não é o aumento de impostos para equalizar as contas. Como os empresários fazem, o Estado precisa olhar para seus custos e buscar a redução aos poucos para entrar no orçamento", defende João Melo.

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