VÍRUS CIRCULANDO

COVID-19: Aumento no número de casos e quantidade de variantes reforçam importância da vacinação

"É interessante notar a diversidade de linhagens que circulam de forma concomitante na região", diz pró-reitor da Feevale após pesquisa

Publicado em: 20/03/2024 18:16
Última atualização: 20/03/2024 18:16

A pandemia da Covid-19 não voltou, no entanto, os casos da doença voltar a crescer no Rio Grande do Sul. Dados da Secretaria Estadual da Saúde (SES) mostram que o mês de fevereiro totalizou 14,4 mil casos confirmados. Já em março, a atualização divulgada nesta quarta-feira (20) exibe um total de 14,5 mil casos da doença.


Vacinação contra Covid-19 segue sendo fundamental Foto: Tânia Rêgo/Agência Brasil

Apesar do aumento de casos, o painel mostra um número relativamente baixo de mortes se comparado ao auge da pandemia, em 2020 e 2021. Em fevereiro, 51 gaúchos morreram por conta da Covid-19, enquanto em março, até a manhã desta quarta-feira, 29 mortes foram registradas.

Em paralelo, o Laboratório de Microbiologia Molecular da Universidade Feevale identificou que a variante Ômicron foi a mais encontrada no Vale do Sinos entre os anos de 2021 e 2023. “A Ômicron é composta por várias sublinhagens, sendo que, inicialmente, a BA.1, BA.1.1 e BA.2 eram as mais comuns. Em 2022, sequências recombinantes mundialmente detectadas também foram relatadas em nosso monitoramento”, explica o pró-reitor de Pesquisa, Pós-graduação e Extensão da Universidade Feevale, Fernando Spilki.

Importância da vacinação

Spilki afirma que os dados são importantes, pois ajudam a compreender a elevação de casos no Vale do Sinos desde dezembro. “Também é interessante notar a diversidade de linhagens que circulam de forma concomitante na região”, completa.

Além disso, a pesquisa demonstra a importância e a necessidade da vacinação. Conforme o painel da SES, 101,6 mil pessoas aplicaram ao menos três doses da vacina contra a Covid-19 em Novo Hamburgo. Na sequência, 19,4 mil hamburguenses estão vacinados com quatro doses.

O número é ainda menor daqueles que receberam a quinta dose, conhecida por ser bivalente e combater mais de uma variante do vírus. São apenas 2,3 mil pessoas. Em São Leopoldo, também no Vale do Sinos, 108,6 mil pessoas receberam três doses, considerado pelo governo do Estado como esquema vacinal completo.

Já a dose extra foi aplicada em 39,2 mil pessoas. A aplicação da bivalente em São Leopoldo é ainda menor do que em Novo Hamburgo, apenas 1,6 mil leopoldenses se vacinaram com a quinta dose.

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