MAUS-TRATOS

Criança de 4 anos com autismo é amarrada em cadeira por professora em Picada Café

Caso semelhante foi registrado recentemente em Nova Hartz, quando uma professora agrediu um aluno com TEA

Publicado em: 17/04/2024 18:46
Última atualização: 17/04/2024 18:59

Exatamente uma semana antes do menino de 11 anos com transtorno de espectro autista (TEA) ser agredido por uma professora de uma escola municipal de Nova Hartz, outro caso semelhante foi registrado na região. Dessa vez, uma criança de 4 anos, também com autismo, foi amarrada por uma educadora de uma escola municipal de Picada Café.

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Caso é investigado pela Delegacia de Polícia de Nova Petrópolis Foto: Polícia Civil

A situação aconteceu no dia 2 de abril, mas um inquérito policial sobre o episódio foi instaurado apenas no último dia 11. Conforme o delegado Fabio Idalgo Peres, os relatos indicam que, ao entrar na sala de aula, a mulher teria colocado o menino sentado em uma cadeira e o amarrado com uma corda. O tempo que o aluno ficou nessa situação e a motivação da professora ainda são apurados.

O caso chegou até a diretoria da instituição de educação por meio dos colegas da vítima. "Segundo a escola, as crianças comentaram e a diretora foi apurar o que havia acontecido. Ela ouviu mais de um relato de crianças de que isso teria acontecido", conta Peres.

Após tomar conhecimento do fato, a escola o relatou à Secretaria de Educação da cidade, que registrou um boletim de ocorrência na Polícia Civil. A professora, que atuava em contrato emergencial, foi exonerada.

Inicialmente, a investigação policial trata a denúncia como maus-tratos. Contudo, a corporação ressalta que, devido à vulnerabilidade da vítima e a gravidade das alegações, há possibilidade, conforme o que for confirmado, que o caso evolua para tortura.

O delegado informa que, até o momento, estão sendo colhidos depoimentos.

O nome da vítima e da escola não são divulgados para preservar a integridade da criança, conforme determina o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA).

O que diz a Secretaria de Educação

A Secretaria de Educação de Picada Café confirmou o caso à reportagem e afirmou que a professora envolvida foi exonerada. No entanto, a pasta alega que, por já ter sido feita uma ocorrência policial, a administração municipal não irá se manifestar sobre o episódio.

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