Ao entrar no segundo dia do mutirão de limpeza, após a maior enchente da história deixar 80% do município submerso, o prefeito de São Sebastião do Caí faz uma projeção que traduz o sentimento geral da população local. “A partir de agora é trabalho, trabalho e trabalho”, pontua Júlio Campani.
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Foto: Prefeitura de São Sebastião do Caí
A remoção do barro e da sujeira que encobrem ruas e calçadas, a limpeza das casas, o recolhimento de entulhos e dos móveis destruídos pela enxurrada estão acontecendo desde segunda-feira (20). Contudo, com o recuo ainda mais significativo do Rio Caí nas últimas 12 horas, o mutirão de limpeza ganha força a partir desta terça (21).
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Nesta manhã, equipes da secretaria de Obras da cidade ganharam o reforço de profissionais do mesmo departamento de municípios vizinhos. As prefeituras de Portão e Tupandi deslocaram para São Sebastião do Caí caminhões e retroescavadeiras para que o município atingido consiga fazer frente às necessidades da população. Empresas privadas de terraplanagem também disponibilizaram maquinários.
Conforme a última medição da Defesa Civil, o nível do rio Caí estava em 10 metros. A estimativa é de que até o final da tarde desta terça, a água volte a fluir na calha. O município ainda tem 183 famílias desalojadas, totalizando o número de 546 pessoas.
Famílias são cadastradas para receberem donativos
Em contrapartida, as equipes da Assistência Social iniciaram o processo de cadastramento de famílias que tiveram prejuízos com a enxurrada, para que fiquem aptas a receber donativos, eventuais subsídios e até móveis e eletrodomésticos para reequipar suas casas. Os moradores devem ir até o Centro de Cultura, na rua Pinheiro Machado, 600, para se cadastrar.
Já a Secretaria da Saúde montou um ponto de atendimento para urgências no Salão Paroquial da Igreja Matriz São Sebastião. Ali estão sendo realizadas consultas médicas de urgência, atualização de receitas médicas, curativos e aplicação de injeções.