O que fica das duas principaisfeiras do agro no início do ano

Desde o início dos anos 2000, duas feiras movimentam o agronegócio gaúcho no primeiro trimestre: a Expodireto Cotrijal, em Não-Me-Toque, mais voltada ao médio e grande produtor, e a Expoagro Afubra, em Rio Pardo, considerada a maior feira do País voltada à agricultura familiar.

Além de movimentarem, juntas, R$ 8,2 bilhões em negócios neste mês de março, as feiras co-irmãs são palco de importantes debates e ajudam a indicar tendências do agro gaúcho e nacional.

A 22ª Expoagro Afubra foi realizada no parque de exposições da Afubra, em Rio Pardo, entre terça (19) e sexta (22) da semana passada. Na quinta (21), por conta do temporal que atingiu parte do Estado, a feira não abriu as portas. Alguns estandes ficaram danificados e os expositores acabaram indo embora mais cedo, o que prejudicou os negócios.

Mesmo assim, a Expoagro registrou 154,5 mil visitantes - não há cobrança de ingresso - e R$ 310 milhões em negócios, sendo R$ 1,52 milhão no Pavilhão da Agricultura Familiar. "O que foi programado para os três dias em que pudemos receber o público, foi desenvolvido", disse o coordenador-geral da Expoagro, Marco Antonio Dornelles.

Realizada ao longo de cinco dias, entre 4 e 8 de março, a 24ª Expodireto teve público de 377 mil visitantes - também não há cobrança de ingresso - e um total de R$ 7,9 bilhões em negócios. Ambos os números representam recorde, comemorou o presidente da Cotrijal, Nei Manica.

Tanto na Expodireto quanto na Expoagro, chamou atenção o peso dado pela organização - e, por consequência, pelo público - a temas como tecnologia e irrigação, indicando que as prioridades de grandes e pequenos produtores gaúchos são muito parecidas. Nesta página, o Grupo Sinos reúne alguns dos principais temas discutidos nas duas feiras do agronegócio.