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Recupera Indústria RS atrai mais de 100 cadastros de empresas para consertar maquinários

São Leopoldo está entre as três cidades que mais demandaram conserto de maquinários

Publicado em: 03/09/2024 às 07h:00 Última atualização: 03/09/2024 às 19h:15
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O conserto de maquinários de indústrias cadastradas no Recupera Indústria RS está em andamento nas unidades do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai) de São Leopoldo e Lajeado, com respectivamente 18 e 7 técnicos experientes atuando em cada uma. No total, 109 empresas estão cadastradas e 86 já receberam a visita das equipes até esta segunda-feira (2).

Ivan e Douglas estão entre os técnicos que trabalham nos consertos na unidade de São Leopoldo



Ivan e Douglas estão entre os técnicos que trabalham nos consertos na unidade de São Leopoldo

Foto: Amanda Krohn/Especial

O programa foi lançado no dia 11 de julho, em São Leopoldo, no Instituto Senai de Inovação em Sistemas de Sensoriamento.

Com um aporte de aproximadamente R$ 8,5 milhões, o objetivo é atender entre 100 e 200 empresas, que devem se cadastrar no link disponibilizado no site do Senai. Cada empresa atendida não deve ultrapassar um orçamento de R$ 85 mil, somando a compra de equipamentos e pagamento de mão de obra.

Confira como está a demanda em cada município

Ação em etapas

Em São Leopoldo, os consertos ocorrem no mesmo local do lançamento do programa, com liderança do coordenador técnico Rafael Grangeiro, que também é gerente operacional do Instituto Senai de Tecnologia, Petróleo, Gás e Energia.

O coordenador explica que, antes de iniciar os consertos, o empresário recebe um agendamento de visita para analisar a demanda. “Na primeira visita a gente já classifica quais máquinas são estacionárias, que são máquinas que não podem ser retiradas da indústria, e máquinas não-estacionárias, que podem ser trazidas até o Senai”, diz. “No caso das máquinas estacionárias, o reparo é feito por uma empresa terceirizada, que é contratada para a função”, continua, explicando que o atendimento é feito dentro do limite orçamentário, mesmo que o prejuízo da empresa ultrapasse os R$ 85 mil.

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Grangeiro acrescenta que as empresas terceirizadas que desejarem fazer o serviço ou fornecer materiais também devem se cadastrar pelo mesmo link. “Este trabalho não é voluntário, é importante deixar claro que essas empresas serão pagas”, reforça.

Técnicos explicam cuidado antes e durante o reparo dos equipamentos

Os técnicos Ivan do Nascimento e Douglas Osajda estão entre os 18 profissionais que atuam no conserto de maquinários em São Leopoldo. Durante a entrevista, eles tinham acabado de finalizar o conserto do freezer de uma das empresas beneficiadas de São Leopoldo, em um trabalho que levou três dias para ser concluído.

Ivan reforça o cuidado necessário antes e durante o reparo. “Temos uma checklist. Primeiro olhamos se toda a parte está em condições. Depois é verificado para fazer a limpeza dos componentes e recuperação de itens que serão consumidos, ver se tem alguma peça que precisa de manutenção e fazer a compra delas, se estiverem danificadas.”

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Conforme Douglas, a limpeza é um dos pontos que mais demanda atenção. “A gente perde um tempo limpando todos os contatos dos componentes, limpando todas as peças e testando. Se não fizermos isso, a sujeira e a umidade podem causar um curto-circuito e o prejuízo será um pouco maior.”

“Luz no fim do túnel”

Dentre os leopoldenses que se cadastraram no Recupera RS estão os empresários Lenir Pereira Lazaretti e Adélio Lazaretti, donos de uma indústria de borrachas. A empresa, que existe há 32 anos e fica no bairro Vicentina desde 2008, foi atingida pela primeira vez por uma inundação.

Segundo Lenir, a água chegou a 1,90 metros de altura, causando um prejuízo de quase R$500 mil em maquinários e matérias-primas. O casal, que aguarda a análise de documentos e inventário do Senai, sente-se esperançoso. “A gente ficou muito feliz, porque no fim do túnel tu vê alguma luz de que vai poder recuperar alguma coisa”, afirma Lenir. Procurado, o Senai explicou, mediante assessoria, que a demanda é atendida conforme a pontuação da empresa em relação aos critérios do regulamento, que vão desde a data de cadastramento até a mesorregião e setor.

Lenir e Adélio, do bairro Vicentina, já receberam a visita técnica na empresa e aguardam a análise da documentação



Lenir e Adélio, do bairro Vicentina, já receberam a visita técnica na empresa e aguardam a análise da documentação

Foto: Amanda Krohn/Especial

Na foto, Lenir Pereira mostra a altura em que a inundação alcançou dentro de sua indústria



Na foto, Lenir Pereira mostra a altura em que a inundação alcançou dentro de sua indústria

Foto: Amanda Krohn/Especial

Lenir reforça que, mesmo com a tragédia, a empresa não abriu mão da excelência. “Apesar da calamidade, a qualidade não se perdeu. A gente chegou aos 30 anos, tanto que somos uma empresa certificada.”
Adélio acrescenta que a empresa também tem clientes de outros Estados, como Bahia, São Paulo e Pernambuco, que foram fiéis mesmo durante o período crítico. “Alguns até adiantaram pagamentos. Isso é fruto de uma parceria de muitos anos.”

Como se cadastrar no Recupera RS

Os empresários interessados ainda podem se cadastrar no site recuperaindustriars.org.br. Segundo Grangeiro, o prazo continuará aberto enquanto houver recursos disponíveis. Para se cadastrar, siga o seguinte passo a passo: 1 – Clique em “Conheça a plataforma” na seção “Restabelecimento da Capacidade Produtiva’; 2 – Se você precisa do atendimento para recuperar o seu maquinário, clique em “sou uma empresa industrial”; 3 – Se você deseja se candidatar como empresa terceirizada para participar dos consertos, clique em “sou uma empresa fornecedora”; 4 – Em seguida, preencha seus dados e envie o formulário.

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