Balanço mais recente divulgado pela Defesa Civil do Rio Grande do Sul na manhã desta segunda-feira (6) informa que no Estado são, pelo menos, 111 pessoas desaparecidas por conta das enchentes. Em São Leopoldo, apesar de não haver a divulgação de um número oficial, são muitos os pedidos de pessoas à procura de familiares que surgem a cada dia pelas redes sociais.
Um desses pedidos é o da moradora do bairro São José, Fiama de Ramos Dinarelli, que desde o último sábado (4) não tem notícias do pai, Carlos Roberto Dinarelli, 60 anos. Morador da Vila Brás, Carlos teria sido resgatado de casa, quando a residência já estava tomada pela enchente. “Foi quando um amigo meu me ligou e disse que tinham pego ele pendurado em uma árvore do pátio dele, e largaram ele na ponta da entrada da Brás, próximo de um caminhão”, comenta.
Depois disso, a filha diz não ter tido mais notícias sobre o pai. “Olhei em listagens da Unisinos, uns conhecidos dizem que na Fenac ele não está, e no Centro de Eventos consegui contato com um rapaz que anunciou no microfone o nome dele três vezes e não estava. Não aguento mais, não consigo dormir, passo dia e noite olhando as redes sociais para ver se acho notícias dele”, desabafa.
Para auxiliar familiares que estão vivenciando a mesma angústia que Fiama, a Prefeitura de São Leopoldo organiza listagem oficial com os nomes de todos os leopoldenses que estão em abrigos oferecidos pelo Município. Já são 12 mil famílias em 57 abrigos.
Além disso, voluntários abastecem o site https://portaldosencontrados.com.br/ , um portal colaborativo para que as pessoas possam postar fotos de quem está sendo resgatado, facilitando às famílias a se encontrarem.
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