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PREVISÃO DO TEMPO

Semana vai começar com tempo firme na região

Meteorologista Estael Sias afirma que nesta segunda e terça-feira o tempo deve firmar na região metropolitana, e a chuva deverá ser na metade sul do Estado

SUSANA DA SILVA LEITE
Publicado em: 05/05/2024 às 19h:37 Última atualização: 05/05/2024 às 19h:38
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A chuva deve se afastar da região metropolitana neste início de semana e atingir a metade sul do Estado e a fronteira com o Uruguai. É o que prevê a MetSul Meteorologia para os próximos dias. Por aqui, a segunda e a terça-feira devem ser calor, mas a partir de quarta-feira o tempo começa a mudar de novo.

PREVISÃO DO TEMPO: Semana deve começar sem chuva no Rio Grande do Sul



PREVISÃO DO TEMPO: Semana deve começar sem chuva no Rio Grande do Sul

Foto: Daniel Fleck/Arquivo

A zona Sul do Estado e a fronteira oeste terão chuva concentrada até terça-feira. Na quarta-feira, a chuva deve se espalhar. “Mas, em princípio, os modelos (meteorológicos) não projetam grandes volumes pelo Estado”, observa a meteorologista Estael Sias. Ela falou sobre a previsão do tempo, no início da tarde de domingo (5), no canal da MetSul no YouTube, onde também falou sobre a tragédia no Estado.

Ainda sobre a previsão do tempo, Estael diz que na quinta e na sexta-feira o tempo deve abrir de novo. Mas a partir do final de semana de 12 e 13 de maio, poderá vir chuva mais significativa. “Mas até lá, terá atualização e os prognósticos serão revisados”, pondera Estael. 

A previsão do Instituto Nacional e Meteorologia (Inmet) é semelhante ao prognóstico da MetSul para este início de semana. Para a região de Canoas, Novo Hamburgo e São Leopoldo a previsão indica que temperaturas em elevação na segunda e na terça-feira, com termômetros marcando entre 22°C e 32°C, com nebulosidade e umidade do ar em torno de 70%. Mas a partir de quarta-feira, a temperatura começa a cair, ficando uma amplitude maior, entre 9°C e 30°C, umidade de 95% e possibilidade de chuvas localizadas e trovoadas. 

Nível dos rios e novas cheias no RS

Estael pondera que, no momento, existem várias situações que interferem no nível dos rios no RS, e que, por isso, é difícil um prognóstico sobre como o volume de água vai se comportar em cada cidade. A meteorologista cita questões estruturais, como os diques, que podem mudar o nível dos rios nas cidades. “Isso foge do prognóstico técnico”, salienta.

“Olhando somente para a questão hidrológica”, salienta Estael, a região metropolitana ainda terá muitos dias de cheia pela frente. Isso se deve ao comportamento dos rios, que descem em direção ao Guaíba. “Lembrando que a cheia foi história em diversos rios na metade norte do Rio Grande do Sul, então metropolitana vai viver ainda muitos dias difíceis porque os rios vão demorar a baixar.”

A partir de agora o alerta máximo se concentra na Lagoa dos Patos, que receberá toda a água que vem dos Guaíba. Além disso, esta semana terá a influência do vento norte.

“Vai acelerar o movimento norte-sul das águas. É uma boa notícia para os vales, mas para a Lagoa dos Patos é sinal de que vai acelerar a chegada da água”, afirma Estael.

Meteorologista relata situação vivida na enchente

A magnitude da enchente não poupou nem mesmo quem trabalhou intensamente na análise dos dados que previam o grande volume de chuva para o Rio Grande do Sul. Moradora de Canoas há 17 anos, a meteorologista Estael Sias precisou de tempo para se recompor o suficiente para retomar o trabalho no domingo (5).

Ela a família tiveram a casa atingida pela enchente em Canoas e foram abrigados na casa uma amiga em Porto Alegre. Os demais integrantes da MetSul Meteorologia também foram atingidos pela cheia.

“Nossa casa foi inundada. Mas não me sinto nem em condições de reclamar, porque estamos bem. É desolador ver tantos amigos, tantas pessoas conhecidas, ver minha cidade passando por essa tragédia absurda”, disse Estael antes de iniciar a previsão do tempo, como costuma fazer no canal da MetSul.

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