CHEIAS

CATÁSTROFE NO RS: Polícia faz reforço na segurança e prende seis pessoas nas áreas alagadas

Efetivo da Brigada Militar atua para inibir ações criminosas

Publicado em: 07/05/2024 20:57
Última atualização: 07/05/2024 21:01

Diante de toda a tragédia que Canoas passa, a segurança pública é mais uma das preocupações que os moradores atingidos pela enchente enfrentam. Segundo a Brigada Militar (BM), seis pessoas foram detidas desde o início das inundações.

Brigada Militar, Corpo de Bombeiros, Polícia Civil e Força Nacional dão apoio aos voluntários que fazem resgate Foto: Paulo Pires/GES

"Estamos com o efetivo reforçado. Infelizmente, existe a possibilidade de furtos e arrombamentos de casas nas áreas atingidas. Nossas equipes estão atuando para inibir ações de criminosos. É importante frisar que está circulando muita desinformação nas redes sociais. Pedimos que a população não entre em pânico", explica o comandante do 15º Batalhão da BM, o tenente-coronel Clóvis Ivan Alves.

Segundo a Brigada Militar, os moradores resgatados devem evitar as áreas inundadas. "Não podemos permitir que as pessoas se coloquem em risco. Enquanto as águas não baixarem pedimos que não venham para a entrada da Avenida Rio Grande do Sul ou qualquer outro ponto de resgate. Sabemos que as pessoas querem verificar a situação das casas e dos pets. Há equipes de voluntários que estão recolhendo os animais que encontram", explica o tenente-coronel.

Na tarde desta terça-feira (7), o prefeito Jairo Jorge, percorreu de barco trechos de áreas atingidas. Um dos pontos visitados foi o Mathias Velho, bairro mais afetado pelas cheias. O registro in loco faz parte das ações de enfrentamento à calamidade que a cidade vive.

Heróis da vida real

Iniciados na madrugada de sábado, os resgates ainda estão acontecendo. "Estamos nos aproximando do fim. Nesse momento, o que mais tem são animais e pessoas ilhadas que optaram em não deixar os prédios ou casas com mais de dois pisos", salienta a voluntária Camila Martins, 35 anos.

A moradora do Guajuviras está na linha de frente de resgates de civis desde o começo da enchente. "É impossível não ajudar em uma situação como essa. Faço trabalho voluntário há muitos anos e nunca tinha visto nada parecido. É um cenário de guerra. O sábado foi o pior dia, era muita gente pedindo socorro e não havia embarcações o suficiente. O desespero das pessoas e dos bichos são imagens difíceis de esquecer. As pessoas poderiam ter sido resgatadas com muito mais celeridade se houvesse uma melhor organização e orientação melhor por parte de alguns órgãos", desabafa Camila.

Paulo Izidoro, 50 anos, está trabalhando como voluntário na manutenção e conserto de barcos. "Depois que fui resgatado [no sábado] vim para o campo de batalha. Há muitos fios e lixo que estão danificando as embarcações. As pessoas precisam de ajuda. A união do povo tem feito total diferença. Não vamos descansar até acabar tudo isso", relata o mecânico.

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