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"Canoas não tem nenhum caso de dengue hemorrágica", afirma o secretário de Saúde após primeira morte pela doença em 2024

Jurandir Maciel lamenta óbito e garante que todos os protocolos estão sendo seguidos para evitar que novos casos apareçam

Publicado em: 01/03/2024 15:44
Última atualização: 01/03/2024 16:07

Canoas entrou no mapa das vítimas da dengue após a confirmação, nesta sexta-feira (1º), da nona morte no Rio Grande do Sul. A vítima de 59 anos morreu no dia 19 de fevereiro, no Hospital São Lucas da PUC-RS, segundo o Centro Estadual de Vigilância em Saúde (Cevs).

Operação contra a dengue intensificada em Canoas Foto: THIAGO GUIMARÃES/PMC

Segundo o boletim semanal da prefeitura de Canoas, divulgado na quarta-feira (28), há 424 casos de dengue, sendo 419 autóctones (transmitidos dentro da cidade) e cinco importados. O bairro com a maioria registro segue sendo o Estância Velha, onde morava a vítima fatal.

Ao contrário do que vem sendo dito por meio das redes sociais, Canoas não tem nenhum caso de dengue hemorrágica, conforme o secretário de Saúde, Jurandir Maciel, que diz ser preocupante que o termo esteja sendo usando erroneamente. “Lamentamos o óbito que soma mais uma vítima a esta triste estatística que atingiu o Brasil”, frisa. “Mas é preciso ficar claro que Canoas não tem nenhum caso de dengue hemorrágica. O termo vem sendo propagado erradamente”, avisa.

Os sintomas da dengue, segundo o secretário, são febre alta, dor no corpo e nas articulações, dor atrás dos olhos, mal-estar, dor de cabeça e manchas vermelhas no corpo. Não há necessariamente sangramento mesmo diante do agravamento de alguns casos.

“Sabemos de casos no Rio de Janeiro de vítimas que morreram com dengue hemorrágica, mas isso não aconteceu no Rio Grande do Sul”, adverte. “É errado pensar que a hemorragia está associada a qualquer caso de dengue”, complementa.

Ainda segundo o secretário, todos os protocolos estão sendo seguidos à risca para erradicar o mosquito. A força-tarefa concentra esforços em locais de maior incidência de casos.

“Ao encontrar qualquer foco do mosquito, percorremos um raio de 150 metros para eliminar a ameaça”, explica. “Encontramos inclusive um poço artesiano no bairro Estância Velha, que era possivelmente a maior ameaça do bairro.”

Mobilização

Desde janeiro, quando a Secretaria de Saúde (SMS) emitiu Alerta Epidemiológico para a dengue em Canoas, o trabalho é intenso e conta com ações estratégicas de combate ao mosquito transmissor.

Conforme boletim semanal desta semana, há 424 casos de dengue, sendo 419 autóctones (transmitidos dentro da cidade) e cinco importados. O bairro com a maioria registro segue sendo o Estância Velha, com 225 ocorrências, seguido pelo Guajuviras, com 66; o Olaria, com 16 e o Harmonia, com 14.

Após a Pesquisa Vetorial Especial, a Secretaria de Saúde realiza a aplicação de inseticida. As pulverizações são feitas visando minimizar a circulação do vírus na região.

“Tenho acompanhado semanalmente todo esse trabalho de conscientização e fiscalização feito pelos agentes de combate às endemias, assim como as pulverizações para bloqueio vetorial. Pedimos o apoio de toda a população, adotando as medidas preventivas, para vencermos essa guerra contra a dengue”, enfatiza o secretário de Saúde, Jurandir Maciel.

Prevenção

Eliminar água parada dos pratinhos e vasos de plantas, manter caixas d'água tapadas, colocar tela nos ralos de água da chuva, secar pneus e protegê-los das intempéries e limpar calhas da residência. É necessário, também, escovar os potes (1x por semana) e trocar a água dos pets diariamente, manter piscinas limpas e com água tratada. Usar repelente para o corpo e de ambiente e telar portas e janelas das casas, fazem parte ainda das principais medidas de prevenção.

Denúncias

As denúncias de possíveis focos de dengue podem ser feitas pela Central de Atendimento ao Cidadão (CAC) pelos telefones: 08005101234 ou 3236-1079.

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