Tempestade

"Precisamos de ajuda": Rio dos Sinos sobe e água inunda a Prainha do Paquetá

Ninguém precisou ser resgatado de casa, porém a Defesa Civil monitora área desde o início da manhã desta quarta-feira (1º)

Publicado em: 01/05/2024 12:35
Última atualização: 01/05/2024 14:00

O drama se repete: o Rio dos Sinos subiu e a água inundou a Prainha do Paquetá, na manhã desta quarta-feira (1º), invadindo pátios e entrando em residências após uma madrugada inteira de chuvas.

Temporal Canoas Foto: LEANDRO DOMINGOS/GES-ESPECIAL

A movimentação começou logo cedo, quando a Guarda Municipal foi acionada para averiguar a situação na área. O que os servidores registraram foram moradores atravessando pátios com água pela canela.

Com olhos compassivos mirando a margem do rio, o pescador Evair Lopes lamenta que os moradores voltem a viver debaixo d’água após um 2023 de grande de dificuldades para quem mora na área.

“A gente já passou o ano passado inteiro em dificuldade por causa da cheia”, lamenta. “O inverno nem começou e voltamos a ver o rio encher de novo. É braba a situação para quem não tem para onde ir. A gente precisa de ajuda”.

Além das dificuldades em torno da cheia, existe também a dificuldade econômica. Isso porque desde o início da semana a atividade da pesca já foi suspensa devido à falta de condições.

“A gente já não consegue pescar e então a dificuldade é maior”, lamenta o também pescador Cláudio Almeida. “Porque com o rio cheio assim, o peixe não e, além disso, desce um monte de sujeira que só arrebentam as redes”.

Conforme a Prefeitura de Canoas, a Defesa Civil se deslocou até o local para fazer a avaliação inicial da área, contudo ainda não foi necessário resgatar nenhuma família no local.

A estimativa, no entanto, é que o rio continue e subindo até o final de semana, sendo questão de horas até que surja o primeiro chamado de pessoas ilhadas na área, segundo os próprios moradores.

“Estão anunciando chuva até sábado”, lamenta Evair. “O rio vai continuar subindo e avançando nas próximas horas. Não duvido que amanhã já não tenha gente obrigada a sair de casa”.

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