ENCHENTES

CATÁSTROFE NO RS: Desabastecimento de água em Novo Hamburgo deve durar dias

Com enchente histórica, captação de água precisou ser interrompida

Publicado em: 03/05/2024 18:42
Última atualização: 03/05/2024 18:56

Após ultrapassar o nível histórico de nove metros no Rio dos Sinos, a Comusa - Serviço de Água e Esgoto de Novo Hamburgo precisou interromper a captação de água para o tratamento, deixando a cidade desabastecida desde o início da manhã desta sexta-feira (3). “A cheia histórica do Rio dos Sinos já cobriu todos os transformadores que fazem a captação de água, no bairro Lomba Grande”, informou a Prefeitura.


Ponte da Estrada Leopoldo Petry, em Lomba Grande, Novo Hamburgo, ao lado da Estação de Água Bruta (EAB) da Comusa Foto: Misael Lima/Comusa

De acordo com o diretor-geral da companhia, e vice-prefeito de Novo Hamburgo, Márcio Lüders, essa é a situação mais crítica já enfrentada pela Comusa. “Tivemos que suspender a captação temporariamente para garantir a integridade do sistema. Precisamos que a comunidade use a água tratada com moderação e não desperdice água nos próximos dias”, alertou.

Até o fim da tarde desta sexta-feira (3), o nível do Rio dos Sinos estava em 9,68m, com chances de chegar a 10 metros de altura, conforme Lüders. “Infelizmente não conseguimos dar nenhum tipo de previsão para o reabastecimento. Precisamos que a água baixe pelo menos para 8 metros, porque no momento nossos geradores estão submersos. É um cenário de guerra, mesmo sem chuva hoje, a água continua descendo e elevando nossos rios”, disse o diretor da Comusa.

Novo Hamburgo está usando dois caminhões pipa para abastecer o Hospital, casas de saúde e os abrigos disponibilizados pela Prefeitura para receber os atingidos pelas enchentes. Água esta que está sendo buscada em Campo Bom, onde ainda é possível fazer a captação. “Nosso plano B é buscar água de Ivoti para essas emergências. Nem as previsões do tempo conseguem nos dizer até quando o rio vai subir, então a gente pede que as pessoas economizem ao máximo. Sabemos das dificuldades, mas não temos como prever quando voltaremos com o abastecimento”, acrescenta Lüders.

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