CULTURA

Uma sinfonia de inclusão: Orquestras Jovens crescem em Novo Hamburgo

Impulsionando o desenvolvimento social e musical, município expande número de grupos musicais

Publicado em: 09/04/2024 18:13
Última atualização: 11/04/2024 09:16

Novo Hamburgo tem visto um crescimento exponencial no número de jovens talentosos se aventurando nas artes musicais. Roberta Soares Cornely, coordenadora dos projetos sócio-culturais do Município, compartilha sobre o aumento significativo das Orquestras Jovens na cidade.

Alunos aprendem a tocar instrumentos como o violinoGiordanna Vallejos/GES-Especial
Orquestra JovemGiordanna Vallejos/GES-Especial
Orquestra JovemDário Gonçalves/GES-Especial
Orquestra JovemDário Gonçalves/GES-Especial
Orquestra JovemDário Gonçalves/GES-Especial

No ano passado, eram 15 polos, mais um polo avançado do núcleo de Orquestras Jovens.
"Desde 2018, nosso projeto tem se expandido para atender mais comunidades, chegando a 25 polos iniciais e um polo avançado em 2024, nos quais os alunos têm acesso gratuito a aulas de instrumentos como violino, violoncelo e instrumentos de sopro", destaca
Roberta.

Um dos diferenciais das orquestras é que os alunos ganham o empréstimo dos seus instrumentos, como violino, violoncelo e flauta. Além disso, os custos de manutenção dos instrumentos também é realizado pelo projeto.

Ademais, Roberta enfatiza que durante o período de férias escolares, os alunos que desejarem podem ficar com os instrumentos, para não perder a prática durante o tempo afastados das atividades escolares.

Ela revela o comprometimento dos alunos com seus instrumentos. “No começo, ficamos um pouco receosos sobre como seria esse empréstimo, na prática. Mas os alunos são extremamente cuidados com seus instrumentos. Lembro que no período das enchentes, uma família contou que quando a água entrou na residência, eles focaram em salvar o violino da água”, disse ela, mostrando como os alunos valorizam o apoio que recebem.

Ampliando Horizontes e territórios

Com uma visão inclusiva, os projetos abrangem diversos bairros da cidade, promovendo acesso igualitário à educação musical. "Estamos presentes em todos os territórios da cidade, inclusive os mais periféricos", enfatiza Cornely.

Essa expansão é viabilizada por meio de financiamentos provenientes da Secretaria da Cultura, Secretaria da Educação e da Lei Rouanet.

A magia dos instrumentos e do ensino

Henrique Macario Santos da Silva, professor de violino, que também foi aluno de um projeto social, destaca a evolução dos alunos não apenas musicalmente, mas também como seres humanos. "A música amplia horizontes, promove a socialização e desenvolve habilidades cognitivas essenciais", ressalta ele.

Para os alunos, como João Guilherme Oliveira Araújo, de 12 anos, as aulas de violino são uma fonte de alegria e inspiração. "Lembro que foi um grupo entregar uns panfletos na escola, eles tocaram a música do filme Piratas do Caribe, me interessei naquele momento. Desde que comecei, tenho evoluído muito. É incrível como a música pode nos transformar", compartilha o menino, animado enquanto realizava sua aula na Escola Imperatriz Leopoldina. 

Yasmin Giovana Vangelista Sturmer e Raquel De Brida Lima, ambas com 13 anos, encontraram uma conexão especial na música. "Tocar violino não é apenas sobre a música, é sobre fortalecer nossos laços, especialmente com minha irmã. Em casa a gente sempre está tocando juntas, isso aproximou mais eu e ela", revela a menina.

Em um mundo onde a música transcende barreiras e une comunidades, as Orquestras Jovens de Novo Hamburgo brilham como símbolos de inclusão, crescimento e harmonia. Com cada nota, esses jovens talentos estão construindo um futuro mais melodioso e promissor.

 

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