Aldef celebra 38 anos de trabalho em prol dos deficientes e pede ajuda pra continuar ações

A tradicional reunião de convivência realizada pela Associação Leopoldense de Deficientes (Aldef), na última quinta-feira de cada mês, terá um motivo especial hoje. É que junto dela, haverá uma confraternização entre equipe e atendidos para comemorar os 38 anos da entidade, celebrados no último sábado (25).

Sem fins lucrativos, a instituição tem como missão institucional a promoção dos direitos constitucionais das pessoas com deficiências através de ações propositivas e efetivas que visam contribuir para a inserção social da população atendida.

No local, os cerca de 150 cadastrados atualmente – de todas as deficiências e todas as idades – tem contato com profissionais de Serviço Social e Psicologia e oficinas de fisioterapia, canto e violão, alfabetização, informática, grupo de acolhimento, criatividade e artesanato.

“É a nossa segunda família”

Cadastrada na entidade desde 2007, por indicação da irmã, Eliane Standt Bitencourt, 60 anos, teve pólio quando criança e tem dificuldade de locomoção. Na Aldef, ela participa de oficinas e é voluntária em ações, como o brechó, por exemplo, de onde a entidade consegue alguma verba para se manter.

Ela comenta sobre a importância da instituição na sua vida e para seus atendidos. “Somos muito bem acolhidos e é a nossa segunda família e, talvez para uns, é a própria família aqui. São pessoas maravilhosas, trocamos experiências com os colegas”, destacou. “Faz um bem, é uma terapia. Aqui é maravilhoso”.

Avanços

Tesoureira e na coordenação da instituição, Ruzel Manjorani destacou que mais de 2.500 cadastrados já passaram pela Aldef nesses 38 anos. Além das atividades, encaminhamento para trabalho, para rede, jurídico e cursos são realizados pela entidade.

Ela comenta sobre as melhorias conquistadas pela entidade desde que iniciou, como o veículo adaptado usado para transporte dos atendidos, e sobre o avanço da adaptação para deficientes em São Leopoldo, embora ainda haja muito a fazer. “Ainda precisamos muito mais, por exemplo, tem lojas, bancos, espaços públicos, calçadas e banheiros que dificultam muito a acessibilidade”.

As maiores dificuldades

O trabalho na Aldef é mantido por doações e por um convênio com a prefeitura, onde são custeados profissionais, as contas de água e luz e o combustível da van da associação – para onde vai a maior parte do dinheiro. Porém, os recursos não chegam para algumas manutenções e para ajudar os atendidos em situação de vulnerabilidade.

Entre as dificuldades enfrentadas no momento, estão o conserto do ar-condicionado do veículo, que tem orçamento avaliado em R$ 5 mil, e do forro de uma parte do prédio. “Mas o nosso sonho é fazer o segundo piso (no prédio atual), porque aqui está ficando pequeno, apertado. Temos até uma planta, mas não conseguimos dar continuidade”, disse Ruzel.

Dentro das questões que a Aldef tenta resolver para este fim de ano, está ainda o tradicional passeio de confraternização com os cadastrados. Ruzel salienta que normalmente eles se deslocam para uma área verde próxima, como um balneário, para fazer um almoço ao ar livre entre os atendidos. “Mas não sabemos se vamos fazer este ano, porque não temos dinheiro. Eles esperam o ano todo por esse passeio e todas as vezes fazemos em dezembro, mas acho que desta vez não dará”, comentou.

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Como ajudar

Quem quiser contribuir, com alimentos, material de higiene e limpeza, entre outros, pode entrar em contato pelo whatsapp (51) 99145-2309. Outro meio de doar é contribuindo com valores, pela agência do Banrisul 0410, Conta Corrente 0605553902, ou via Pix: 9060963700072 (Banco Sicredi). A sede da Aldef fica localizada na Rua Santo Antônio, 649, no Centro.