Uma das principais preocupações dos abrigos que recebem famílias atingidas pela enchente é fornecer alimentação para as pessoas acolhidas. E é com ajuda especialmente de doações, de mantimentos ou de refeições já prontas, que isso tem acontecido em muitos espaços de São Leopoldo.
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Um deles é a Escola Municipal Gusmão Britto. Por lá, os voluntários responsáveis pela cozinha montaram uma organização própria para garantir a entrega de café da manhã, almoço, café da tarde e janta aos cerca de 150 abrigados, e dos voluntários que atuam no local. Além disso, com os mantimentos recebidos, kits são montados e entregues a outras pessoas atingidas, que estão em casa de parentes e passam pela escola para solicitar auxílio.
Para tanto, eles contam com a ajuda da comunidade. Uma das coordenadoras da cozinha, a voluntária Jaqueline Oliveira Silveira, que também é nutricionista, relata que é feito contato com quem doa marmitas para garantir 200 unidades para o almoço e outras 200 para a janta. Quando o total não é atingido, as voluntárias cozinham mantimentos recebidos para complementar as refeições.
Carinho na entrega
“A gente vai pensando no cardápio e já vai solicitando à comunidade. Isso facilita para não acumular muito aqui, pois não temos muito espaço, e para não estragar. E a comunidade se dispõe em ajudar e sempre tem entregue. Isso tem funcionado muito”, destacou a voluntária. Para almoço e janta, a intenção também é sempre montar o prato com pelo menos um tipo de carboidrato e um de proteína.
Outra preocupação é em levar um pouco de carinho através da comida, com pequenas guloseimas e até mensagens nas marmitas. “A gente pensa em como entregar a comida. Tentamos pensar na integridade da pessoa, pra que ela se sinta digna. Então, sempre colocamos uma sobremesa, um docinho, uma balinha”, destaca Jaqueline. Mas tudo o que é entregue ou feito para quem precisa, chega à escola por meio de doações. “Tudo o que temos aqui foi doado pela comunidade. As doações são todas de pessoas que vem nos ajudar”, enfatiza o voluntário e um dos coordenadores do abrigo, Noé Silvã.
Da melhor forma possível
Jaqueline pondera que o foco não é fornecer uma alimentação de performance, mas, sim, que visa a subsistência dos atendidos, tomando cuidado com a saúde de todos. “Temos três pilares: integridade, dignidade e não deixar ninguém passar fome”.
No fim da manhã desta quinta-feira (16), enquanto algumas voluntárias terminavam as marmitas do almoço, o educador físico e profissional de TI, Bruno Cavalcante, também voluntário da cozinha, já montava o lanche da tarde, junto com Jaqueline. “Estamos preparando e separando em embalagens, pra disponibilizar no café da tarde junto com mais alguma coisa, pra dar complemento”, comentou, enquanto fazia mais um sanduíche com margarina, presunto e queijo, com muito carinho e cuidado. “A gente tenta servir eles da melhor forma possível.”
Para quem quiser colaborar com a Escola Gusmão Britto, colchões, alimentos e marmitas prontas são necessários atualmente. No instagram @mariagusmaobritto, interessados podem acompanhar as postagens do que é preciso e entrar em contato.
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