CULTURA DE RUA

São Leopoldo Só Rap leva os elementos da cultura Hip Hop para o centro da cidade

Segunda edição do evento ocorreu neste domingo, no Largo Rui Porto

Publicado em: 09/10/2023 11:23
Última atualização: 18/10/2023 21:03

São Leopoldo recebeu, na tarde deste domingo (8), a 2ª edição do São Leopoldo Só Rap. O evento, que ocorreu nas pirâmides do Largo Rui Porto, ao lado do Ginásio Celso Morbach, foi uma realização do Coletivo Embolamento Cultural, Ativistas S/A e Prefeitura de São Leopoldo, por intermédio da Secretaria Municipal de Cultura e Relações Internacionais (Secult), e levou os quatro pilares do movimento Hip Hop: rap, grafite, Dj's e Breaking, para o centro da cidade.

São Leopoldo Só Rap aconteceu nas pirâmides do Largo Rui Porto Foto: Gabriel Reis/Prefeitura de São Leopoldo

Alexandre da Silva Meine, conhecido artisticamente como Aliado D, produtor do evento e integrante do Coletivo Embolamento Cultural, falou sobre o processo de execução e as novidades desta edição do evento. “A primeira edição foi muito bem aceita. A gente teve vários grupos da cidade incorporados no movimento hip-hop que chegaram junto em peso. Tivemos a parceria da Secult, que forneceu a estrutura, de grupos regionais e de gente de fora, do interior do Estado. Tivemos muito grafite. Esse ano, a gente tá trazendo uma atração nacional, que é o Pateta Code 43, direto do Paraná. Eu tô aí, também, para fomentar grandes artistas, lançar novos nomes no cenário do rap, e a gente, como uma produtora, como um coletivo, trabalha com artistas de várias partes do país, fomentando a cultura, principalmente aqui em São Leopoldo”, disse.

Cultura de rua

José Antônio Lewandowski compareceu ao evento acompanhado de sua filha, Lauren Lewandowski, para andar de skate e abordou a importância de eventos que enaltecem a cultura de rua. “Eu sou skatista há 33 anos, e a minha filha, de 8 anos, já chegou a participar de campeonatos e anda desde os 3 anos. Eu confesso que não sou do rap, sou do rock, mas todo o evento que envolve a cultura de rua, eu tô dentro. A cultura de rua é um estilo de vida, muito mais que os preconceitos que se tinha antigamente com os movimentos que a integram. Onde tem rap, skate, tem a juventude, tem expressão, tem vida”, diz Lewandowski.

De acordo com o diretor de Cultura da Secult, Jari da Rocha, a pasta contribuiu com a estrutura do evento e possui uma política que envolve apoiar toda a iniciativa cultural organizada e que possui um diferencial. “Os Ativistas S.A. estiveram lá em maio na secretaria e conversaram comigo e com o secretário, Marcel Frison, levando um projeto, que a gente veio afinando. O projeto é o São Leopoldo Só Rap. Entramos com uma estrutura ali para a parceria se efetivar. É uma política nossa apoiar todo e qualquer evento que seja bem organizado e tenha um diferencial”.

José Antônio e a filha Lauren Foto: Gabriel Reis/Prefeitura de São Leopoldo

Ativistas S/A e sua integração ao Coletivo Embolamento Cultural

O grupo de rap Ativistas S.A surgiu em 2006 por iniciativa do artista Aliado D. A intenção era promover um movimento hip-hop com teor militante, com reuniões e oficinas. Em 2010, o grupo deu uma pausa, retornando em 2018 com um single chamado Crônicas. Com a volta, entraram novos adeptos e foram iniciadas novas produções e instrumentais independentes. A partir daí, o Ativistas S.A gravou algumas músicas que emplacaram no cenário gaúcho, como a Dias de Guerra, que contou com a participação do grupo BFN de Porto Alegre, que convidou os Ativistas S.A a entrarem em dos maiores coletivos estaduais, o Embolamento Cultural.

Aliado D se aprofunda mais na história do grupo e na integração ao coletivo. “Após 7 anos ouvindo LPs de rappers, escrevendo letras para participar de festivais da escola que eu estudava e participando de oficinas de rap no meu bairro, a Feitoria, montei o grupo de rap Ativistas S.A em 2006. Em 2010 eu me afastei do rap, daí o Ativistas S.A. deu uma pausa, retornando em 2018, onde eu gravei um single chamado Crônicas. Neste processo, entraram novos adeptos, comecei a fazer novas produções, novos instrumentais independentes, e a gravar algumas músicas que começaram a emplacar no cenário gaúcho. Uma delas foi a música Dias de Guerra, que teve a participação do grupo BFN de Porto Alegre. Esse grupo me convidou para fazer parte de um dos maiores coletivos estaduais que existem hoje, que é o Embolamento Cultural”, afirma.

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