TURISMO

Vinhedos, história e gastronomia: conheça quatro pontos de turismo em Flores da Cunha

Cidade tem fortes raízes na cultura dos imigrantes italianos

Publicado em: 22/03/2024 17:58
Última atualização: 22/03/2024 18:04

Para os amantes da cultura italiana, Flores da Cunha oferece um pedaço da Itália por meio da forte preservação da cultura dos seus imigrantes. No município, existe uma tendência de aumento do agroturismo, fomentada pela tradicional produção de uvas.

Vinícola BebberGiordanna Vallejos/GES-Especial
Vinícola BebberGiordanna Vallejos/GES-Especial
Vinícola BebberGiordanna Vallejos/GES-Especial
Paradouro do SucoGiordanna Vallejos/GES-Especial
Paradouro do SucoGiordanna Vallejos/GES-Especial
Paradouro do SucoGiordanna Vallejos/GES-Especial
Paradouro do SucoGiordanna Vallejos/GES-Especial
Paradouro do SucoGiordanna Vallejos/GES-Especial
Paradouro do SucoGiordanna Vallejos/GES-Especial
Vinícola SalvattoreGiordanna Vallejos/GES-Especial
Vinícola SalvattoreGiordanna Vallejos/GES-Especial
Vinícola SalvattoreGiordanna Vallejos/GES-Especial
Uvas de Flores da CunhaGiordanna Vallejos/GES-Especial
Vista do CampanárioGiordanna Vallejos/GES-Especial
Campanário da Igreja MatrizGiordanna Vallejos/GES-Especial
Campanário da Igreja MatrizGiordanna Vallejos/GES-Especial

A secretária de Agricultura, Deise Giotto, detalha que uva é uma cultura trazida há 150 anos pela imigração italiana. “Ela se perpetua de geração em geração aqui no nosso município e é responsável por um fator significativo da agricultura e da economia. Por isso, levamos o título de maior produtor de vinhos do Brasil e vemos a expensão do turismo rural como mais uma possibilidade”.

Vinhos gaúchos

A vinícola da família Bebber tem um espaço amplo que une a arquitetura moderna com a antiga. Com pés de oliveira na entrada e espaço externo agradável, o foco do local é proporcionar degustações dos vinhos que levam nomes gaúchos como: Bah, Maragato e Chimango.

Os empresários, fizeram um casamento entre a gastronomia, a viticultura e a fotografia. Por isso, no espaço o foco é que tudo seja visualmente agradável e na degustação harmonizada dos vinhos, com entradas preparadas por um chef.

“Temos uma preocupação com o visual, tanto dos rótulos quanto do vinhedo. Contamos um pouco da história do Rio Grande do Sul por meio dos nossos vinhos”, explica a gerente Jainara Godoi Cavalheiro.

Suco e vista panorâmica

No Paradouro do Suco, na comunidade de Alfredo Chaves, os turistas podem apreciar uma vista panorâmica de sete cidades e dos vinhedos, em uma torre de vidro com mais de 30 metros, além de degustar o suco puro de uva produzido pela Família Malacarne, em um jardim feito para relaxar em meio a grama.

Também existe a possibilidade de fazer um passeio com um caminhão dos anos 80, todo reformado, que mostra toda a comunidade ao redor dos vinhedos, que cobrem os morros, em um tapete verde. A entrada no paradouro custa 10 reais e o passeio de caminhão é 20 reais por pessoa.

O local é ótimo para tirar fotos, devido a vista no topo do elevador panorâmico. O espaço funciona aos sábados e domingos, a partir das 13h30, e durante a semana por meio de agendamento.


Vinícola histórica

Já a Vinícula Salvattore está localizada em um dos prédios mais antigos de Flores da Cunha e oferece degustação de vinhos, em diferentes fases do processo, de forma totalmente gratuita. Quem atende o turista são os próprios donos da empresa familiar, que explicam sobre a história do prédio e como é produzido o vinho no local.

Em 1998, Antonio Salvador fez a aquisição do prédio e ao lado de sua esposa Nádia Araldi Salvador, e dos filhos Marina e Daniel, restaurou o local. O prédio centenário localizado no coração da cidade, ao poucos retomou sua imponente forma física e pela restauração, realçou sua beleza.

“Aqui neste prédio, funcionava um antigo moinho. O nosso foco desde o início foi no enoturismo. Tudo no vinho é tempo”, disse Daniel Salvador, sócio proprietário da vinícola.


Campanário da Igreja Matriz

Outro ponto imperdível é o Campanário da Igreja Matriz Nossa Senhora de Lourdes. Inaugurado em 1949, o espaço tem 55 metros de altura, construídos com mais de 11 mil pedras de basalto maciças.

O lugar serve como abrigo dos cinco sinos da igreja, que ainda ecoam seu som inconfundível por Flores da Cunha, e eram a principal forma de comunicação da cidade.

Na Itália e em cidades de imigração italiana, como Flores da Cunha, é comum a construção de uma torre separada, para os sinos da igreja. O nome Campanário existe, pois a palavra sino, é campana em italiano.

A subsecretária de Cultura do município, Camila Pauletti, explica que a comunidade tem um carinho imenso por essa obra, pois antigamente os sinos eram uma forma de se comunicar com a comunidade. “Na argamassa existem as marcas dos dedos dos construtores, que passaram ela com a mão”, disse Camila.

O ingresso para a visita guiada custa R$ 20 e o visitante pode subir até o topo do campanário, que proporciona uma ampla e linda vista da região.

 

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