Inaugurado em 1º de maio de 1962, o Parque Zoológico, localizado em Sapucaia do Sul, quer comemorar a data com a comunidade. E ainda garantir uma ação solidária por meio da doação de alimentos não-perecíveis. Geralmente, o zoo não abre nas segundas-feiras. Mas está de portas abertas para comemorar seu aniversário de 61 anos. Por conta disso, o parque estará aberto aos visitantes, excepcionalmente, nesta segunda-feira (1º).
Foto: Vanessa Silva/Sema
Ainda dentro da programação especial, os cuidadores farão a atividade de “enriquecimento ambiental” com os animais, em que, por meio dos alimentos ofertados, são trabalhados diferentes estímulos sensoriais, como olfato e paladar.
Conforme a Secretaria do Meio Ambiente e Infraestrutura do RS (Sema), responsável pelo zoo, o ingresso para pedestres será um quilo de alimento não perecível. Os alimentos serão destinados para pessoas em situação de vulnerabilidade social. Quem entrar no parque utilizando veículos pagará as tarifas normalmente: 50,00 para automóveis e 20,00 para motos. Ainda segundo a Sema, ônibus de excursão particular paga R$ 317,00; para micro-ônibus, o acesso custa R$ 161,50; e kombi, lotação e van (até 12 pessoas) custa R$ 81,00.
Churrasco
A equipe da Sema reforça que a área das churrasqueiras está novamente aberta ao público, em novo local, próximo ao estacionamento. Não é permitida a realização de churrascos em outras áreas do parque. A realização de piqueniques também está autorizada. Lembrando que não é permitida a entrada de animais domésticos (cães, gatos e outros). Entre as normas, a direção do Parque enfatiza que não é permitido alimentar os animais do Zoológico, pois eles já possuem alimentação balanceada própria para a espécie. O Zoológico está localizado na BR-116, Parada 41 em Sapucaia do Sul.
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Abrigo para 130 espécies
“O zoo mantém e possibilita a reprodução de animais, inclusive espécies ameaçadas de extinção, demonstrando a sua importância científica. Realiza, ainda, a difusão cultural e possui uma área de recreação e lazer disponível aos visitantes”, reforça Caroline Costa Gomes, gestora do zoo, por meio da comunicação da Sema.
Ela lembra que o espaço tem uma área total de 780 hectares. Abriga cerca de 130 espécies entre aves, répteis e mamíferos, que formam um plantel com mais de mil animais nativos e exóticos. O zoo funciona de terças a domingos, das 9 às 17 horas, com exceção desta segunda-feira devido às comemorações de aniversário.
Preservação de espécies, nativas ou exóticas
“O zoo tem um papel fundamental de cuidado e preservação de espécies, nativas ou exóticas, muitas delas ameaçadas de extinção. Além disso, promove um importante trabalho de educação ambiental com a população. Será uma ótima oportunidade para crianças e adultos se encantarem com os animais neste feriado de Dia do Trabalhador”, destacou a secretária do Meio Ambiente e Infraestrutura, Marjorie Kauffmann, via comunicação da Sema.
Dos 620 hectares que pertencem à área da Reserva Florestal Pe. Balduíno Rambo, 160 hectares são ocupados pelo Parque Zoológico. Espaço que contribui para a formação de mentalidade conservacionista, cumprindo funções de pesquisa, conservação, educação ambiental, lazer e turismo. E as atividades procuram despertar no público o amor à natureza e a importância da preservação da biodiversidade.
Foto: Divulgação/Zoológico
Da indústria e Viação Férrea até o zoológico
Conforme dados históricos, a área do Parque Zoológico pertencia à Companhia Geral de Indústrias e, em 1930, foi adquirida pelo Estado. Em 1934, o espaço foi consolidado como uma propriedade da antiga Viação Férrea do Rio Grande do Sul. Mais de 25 anos depois, no dia 16 de março de 1957, foi promulgada pelo presidente Juscelino Kubitschek a Lei Federal nº 3.115 passando todos os bens da Viação Férrea para a União.
Somente a área atual do zoológico permaneceu sob domínio do Estado. No dia 27 de julho de 1959, João Caruso, secretário de Obras Públicas na ocasião, entregou um estudo para criar um parque público. A partir de então, a responsabilidade da área ficou com a Comissão Estadual de Prédios Escolares (Cepe). A sede era em São Leopoldo, no próprio Horto Florestal. Em maio de 1962, o estudo se tornou o zoológico.