SETOR DE ALIMENTOS

CATÁSTROFE NO RS: Setor de hortifruti é um dos mais afetados pela enchente

Fruteiras têm sido opção já que a entrega em grandes redes está mais prejudicada no momento

Publicado em: 08/05/2024 16:16
Última atualização: 08/05/2024 16:31

A Central de Abastecimento do Rio Grande do Sul (Ceasa/RS) retomou a operação nesta quarta-feira (8). Após ter sido totalmente alagada na sede que fica em Porto Alegre e precisar suspender a operação desde a última segunda (6), a Ceasa se instalou de forma provisória e parcial no Centro de Distribuição da São João, que fica em Gravataí.

A medida busca agilizar a entrega do setor de hortifruti que é um dos mais afetados pelas cheias.

Além da enchente atingir as produções gaúchas, a entrega foi impactada com a necessidade da suspensão do atendimento pela Ceasa. Com a retomada gradual e expectativa de rodovias voltarem, aos poucos, a operar, a expectativa é de que o abastecimento de frutas, verduras e legumes volte ao normal nos próximos dias.


Fruteira do bairro São Jorge está conseguindo operar mesmo com problemas pontuais Foto: Elisângela Bauner

Grande redes de supermercados e hipermercados da região registram falta de hortaliças e frutas há alguns dias. Em Novo Hamburgo, muitos consumidores estão conseguindo comprar do segmento de hortifruti em pequenos mercados e fruteiras de bairro. Mesmo assim, as unidades registram limitação e falta de alguns produtos.

Em uma fruteira do bairro Pátria Nova, estava faltando couve-flor, brócolis e tomate até o início da manhã desta quarta (8), já que a empresa é abastecida quase que totalmente pela Ceasa.

No começo da tarde, com parte da operação da central de alimentos funcionando, o proprietário foi até Gravataí buscar as mercadorias e o abastecimento deverá ser normalizado.

Problemas pontuais são registrados em uma outra fruteira hamburguense, que fica no bairro São Jorge. "De forma geral o abastecimento está normal, pegamos diretamente com produtores da região de Morro Reuter, Ivoti e Dois irmãos, em áreas que não foram atingidas e eles estão enviando os produtos normalmente. Claro que alguns estão limitados pela quantidade de água da chuva que atrapalha a colheita e plantio, como alface, brócolis e aipim", explica a proprietária Elisângela Brauner.

Elisângela pede empatia das pessoas neste momento. "A terra está encharcada e tem alimentos que o plantio foi afetado. Também estamos fazendo o possível para conseguir os produtos bons com o mesmo preço. Mas algumas coisas que dependem de frete vão subir, por conta dessa logística, que envolve  tempo maior e transporte."

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