500 QUILÔMETROS

Ciclista de Igrejinha participa de ultramaratona nas serras Gaúcha e Catarinense

Tomás Boeira, de 31 anos, competiu na prova BikingMan Brasil 555 para ganhar experiência

Publicado em: 13/03/2024 15:54
Última atualização: 14/03/2024 16:22

Um grande desafio que serviu de aprendizado e experiência para o ciclista igrejinhense Tomás Boeira. No último fim de semana, o atleta de 31 anos, participou da prova BikingMan Brasil 555, uma competição com percurso de 500 quilômetros, com nove mil metros acumulados, ao longo das serras gaúcha e catarinense. A ultramaratona é considerada uma das mais difíceis da América Latina.

Tomás Boeira percorreu 500 quilômetros de bike nas serras gaúcha e catarinense Foto: Arquivo Pessoal

O percurso começou em Orleans, passou pela Serra do Rio do Rastro, Cambará, Jaquirana, Bom Jesus, Urubici, Serra do Corvo Branco e voltando para a Orleans.

“Foi a minha primeira vez numa prova dessas, de ultra distância de bicicleta. Eu venho da corrida de aventura, que também são provas de dois, três dias, mas é mais multisport, onde tu rema, pedala e corre. E essa ultramaratona é só bike mesmo. É uma prova bem dura”, inicia o atleta, que conta qual era a sua meta. 

“Meu objetivo era ir para a prova para aprender como os ciclistas fazem a estratégia de prova para o ano que vem eu ser competitivo. Minha meta era fazer em até 50 horas, e consegui. Das 50 horas, 32 foram pedaladas. Então tive bastante tempo de descanso, parada para almoçar, parada para dormir. Dormi três horas no primeiro dia e duas no segundo. Foi uma prova de desafio pessoal, mas também para aprender, evoluir e se tornar competitivo nesse esporte de ultra distância, que é algo que eu gosto.”

Depois dessa experiência nos 500 quilômetros, Boeira se prepara para uma prova ainda maior. “Quero correr o BikingMan 1000 quilômetros, em setembro, em São Paulo.”

Motivação

O que para muitos pode parecer o encerramento de um ciclo esportivo, para Boeira, o diabetes tipo 1, doença descoberta aos 9 anos, o motiva a romper paradigmas. “Foi o diabetes que me fez querer quebrar essa barreira do impossível. Muitas pessoas que têm a doença acham que a vida acabou ou alguma coisa assim. Tento sempre provar que essa comorbidade é que me faz ir mais longe”, completa.

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