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CATÁSTROFE NO RS: Goleiro narra tensão em busca de resgate para o pai em São Leopoldo: "Aflição grande"

Jogador do Brasil de Pelotas, Thierry Trindade, é natural do bairro Campina, em São Léo

Publicado em: 06/05/2024 21:10
Última atualização: 06/05/2024 21:15

O goleiro leopoldense Thierry Trindade, que atualmente defende o Brasil de Pelotas, foi às redes sociais para agradecer o apoio da população de São Leopoldo que se empenhou para resgatar seus pais, Márcio Luís Trindade e Ledir Corrêa Trindade, na segunda-feira. Os familiares do jogador estavam no bairro Campina, quando a água invadiu a localidade. 

"Muito obrigado a todo mundo que me ajudou nessa madrugada. Nossa família agradece do fundo do coração por tudo! Felizmente todos da minha família estão bem e em lugares seguros", escreveu o goleiro de 25 anos.

Thierry postou esta foto com a família e escreveu: "Logo estamos juntos novamente! Amo vocês" Foto: Reprodução/Instagram

Em contato com a reportagem do Grupo Sinos, o jogador afirmou que foi "muito tenso" acompanhar tudo de longe, já que está em Pelotas. "Ninguém imaginava que a água fosse subir tanto. Quando percebemos, a minha mãe já estava precisando de ajuda junto com meus dindos e prima. O resgate foi rápido. Meu pai precisava de resgate em uma outra casa, com três vizinhos", inicia Thierry.

"Estava muito difícil, pois estava escuro, chovendo, ele ficou sem bateria no celular, então acabou o contato por volta de 2h40. A partir daí foi uma aflição muito grande. Ele falava que a água estava subindo e precisava ser resgatado. Muitas pessoas me ajudaram durante a madrugada. Ficamos nove horas sem contato, vamos pensando muitas coisas. Mas por volta do meio-dia eu recebi a ligação de um amigo dizendo que ele havia sido resgatado e estava indo para um lugar seguro. Sei que a região passa por momentos muito difíceis, mas espero que ninguém passe por isso", conta.

Nascido e criado no bairro Campina, o goleiro falou da sensação de ver tudo destruído. “De repente tu vê a tua casa por foto ou vídeo, tudo debaixo d'água, é muito triste. Quando eu voltar será um cenário diferente de quando eu saí. Temos que ser fortes num momento desses. Mas vamos nos reerguer. Ainda não sabemos o tamanho do prejuízo por causa da água alta. Só vamos ver quando baixar e, com certeza, será uma cena muito triste.”

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