O hotel Serrazul foi palco da prestação de contas anual do Movimento de Combate à Violência (Mocovi) de Gramado e da divulgação por parte dos órgãos de segurança, dos dados referentes a 2024.
O presidente da entidade, Josiano Schmitt, apresentou o relatório de receitas e gastos do ano. Através de valores obtidos por meio do projeto Amigos da Segurança, apreensão de recursos de ocorrências, convênio com a Prefeitura e doações e penas do Poder Judiciário, o total obtido foi de R$ 1,4 milhão, no período entre janeiro e outubro.
Em referência às despesas gastas, o recurso encaminhado foi de R$ 1,3 milhão, divididos entre as forças de segurança, tais como Brigada Militar, Corpo de Bombeiros, Patram, Polícia Civil, Presídio de Canela, além de seminários.
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Por um lado, aumento de ocorrências
O Corpo de Bombeiros trouxe a reforma que foi realizada na sede da corporação e os dados parciais de 2024, até 23 de novembro. Foram 1.143 atendimentos e 4.608 pessoas envolvidas. As vistorias entre os meses somaram 610.
Mas entre os dados que surpreendem, estão os do período da catástrofe climática, em maio deste ano. Foram 278 ações preventivas realizadas. Em comparação, os outros meses tiveram de zero a um. Outro número é o de salvamentos e resgates, que chegou a 178. Entre janeiro e abril, este dado não foi além de 33.
“Os dados são significativos para nós, pois dessa forma conseguimos trabalhar em nossas especialidades. Ainda, uma forma de possuir controle para fundamentar a importância de um serviço de permanência e que precisa estar bem aparamentado”, coloca o capitão, Pedro Sanhudo.
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Por outro, diminuição dos indicadores
Já o capitão Luiz Fernando Bastos trouxe a análise de produtividade da Polícia Militar. De janeiro a novembro de 2024, foram 4,5 mil pessoas abordadas. Houve outras 2,4 mil ocorrências atendidas e 2,7 mil veículos parados. A Brigada também realizou 475 prisões, 259 termos circunstanciados, apreendeu três armas e fez 153 visitas via Maria da Penha.
“2024 foi um ano bastante profícuo, tanto em termos preventivos quanto em termos repressivos. Ainda é válido mencionar que formamos em torno de 500 alunos do Proerd ao longo do ano. Diante do exposto, é possível afirmar que os militares estaduais contribuíram sensivelmente para a manutenção da segurança e ordem pública em Gramado”, reitera o comandante.
Os números deste ano com 2023, mostram queda nos indicadores de criminalidade: -69% em roubos a estabelecimentos comerciais; -33% em roubo à residência; e -22% de roubos a veículo.
Mais de 600 inquéritos
A delegada da Polícia Civil de Gramado, Fernanda Aranha, trouxe a prestação de contas do órgão. Além de reformas e melhorias na estrutura do prédio e em viaturas, falou os indicadores, também de janeiro a novembro. Entre os trabalhos realizados, está o de investigação qualificada, visando a desarticulação de grupos criminosos, enfraquecimento da associação criminosa e apreensão de bens.
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O órgão trabalhou ao longo do ano com operações permanentes. Houve quebras de sigilo para identificação de suspeitos, bloqueio de valores, localização de veículos, realização de mandados de busca e apreensão por drogas, estelionatos, fraudes e armas. A Polícia cumpriu 55 prisões.
No total, foram 100 ocorrências. Destas, duas foram tentativas de homicídio, em outubro. O maior dado foi o de furto de veículos, que chega a 55. Em relação aos inquéritos, a DP investigou 668. Destes, 410 foram elucidados com e 244 sem indiciamento. Apenas 11 não foram esclarecidos.
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