"Ela queria atingir o pai da criança", diz delegado sobre mãe que tentou asfixiar bebê em Canoas

Causou revolta o caso da mãe que tentou asfixiar a filha de apenas 2 anos com gás de cozinha. Ela foi presa preventivamente pela Polícia Civil nesta segunda-feira (18) em Canoas.

Em depoimento prestado na Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA) de Canoas, a mulher de 39 anos admitiu que queria matar a criança para chamar a atenção do pai.

"Ela queria atingir o pai da criança", revela o delegado Mauricio Barison, titular da Delegacia de Proteção à Criança. "Ela disse que queria matar a filha e depois se suicidar."

Conforme a Polícia, o pai da menina está preso pelo crime de tráfico de drogas e entorpecentes, mas, mesmo atrás das grades, exercia influência sobre o que acontecia com a mãe da menina.

"Ele está preso e, segundo ela, é um homem muito controlador", esclarece. "Agora ela também está presa e será indiciada pelo crime de tentativa de homicídio qualificado cometido contra a criança", completa.

O vídeo gravado pela mulher mostra, em pouco mais de um minuto de duração, a mãe embalando a filha no colo com um pequeno botijão com a válvula aberta com um garfo no chão do banheiro. "Eu não quero saber de mais nada e só quero que tu me perdoe", ela diz, enquanto chora.

Entenda o caso

O caso chegou à Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente de Canoas por meio da avó da criança. Isso porque a mãe teria gravado um vídeo no qual aparece amamentando a bebê enquanto abre a válvula do gás de cozinha.

"No vídeo aparece a investigada amamentando, porém, mostrando que está trancada em um banheiro de residência, com portas e janelas vedadas com toalhas."

A tentativa de homicídio, no entanto, não deu certo, razão pelo qual a Polícia teve que agir rápido de modo a garantir o afastamento imediato. "A avó está atualmente com a guarda da bebê", informou o delegado, que ressalta a importância da denúncia para que a Polícia Civil pudesse agir e conseguir salvar a vida da criança.

"Por isso é importante que se procure a Polícia Civil diante de casos contra menores o mais depressa possível", conclui.