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FEMINICÍDIO

Médico suspeito de matar a esposa em Canoas é denunciado pelo MPRS; entenda

Médico teria dado sorvete batizado para vítima para cometer crime; Caso aconteceu em outubro deste ano

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Publicado em: 29/11/2024 às 20h:34
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O Ministério Público do Rio Grande do Sul (MPRS) denunciou, nesta sexta-feira (29), o médico suspeito de matar a esposa em Canoas. O caso aconteceu em outubro deste ano.

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Médico suspeito de matar a esposa em Canoas é denunciado pelo MPRS

Foto: MPRS/Redes Sociais/Reprodução

ENTENDA: “Ele agiu rápido”: Amigo de médico do Samu atestou infarto e carro de funerária já estava pronto para pegar o corpo

André Lorscheitter Baptista, de 48 anos, foi denunciado por feminicio qualificado, com base no inquérito policial e provas colhidas durante a investigação. Ele é suspeito de ter assassinado Patrícia da Rosa dos Santos, 41, com quem tem um filho de 2 anos.

“Há evidências de que o indiciado ministrou medicamento sedativo na companheira e, depois, com ela já desacordada, os demais fármacos identificados em laudo pericial, que lhe causaram a morte por asfixia medicamentosa”, afirmou o promoter de Justiça Rafael Russomano Gonçalves, que ofereceu a denúncia.

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A denúncia alega também que o crime foi praticado por meio insidioso, ou seja, de forma que não fosse notado pela vítima. Neste caso, foram usados remédios.

Ainda, declara que foi utilizado recurso que dificultou a defesa da vítima – uso de medicamentos potencialmente letais – para que ela não percebesse a ação. Outro agravante considerado é que a mulher deixou um filho menor de idade.

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Outras denúncias

O MPRS também denunciou o médico por crime de fraude processual, por conta da remoção do corpo e de outros objetos relacionados ao fato para outro lugar, além de alteração da cena do crime.

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Inquérito sobre equipe do Samu

Já o inquérito sobre integrantes de equipe do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) foi arquivado. O MPRS entendeu que eles agiram induzidos ao erro por Lorscheitter, sem ter a intenção de prejudicar a investigação da polícia.

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O crime

No dia 22 de outubro deste ano, a irmã de Patrícia foi até a delegacia da Polícia Civil, em Canoas, para fazer uma denúncia: ela acreditava que o cunhado poderia estar por trás da morte.

A polícia chegou na casa do casal pouco antes do corpo ser recolhido por uma funerária. O laudo já até havia sido registrado pelo Samu e a causa da morte foi constatada como ataque cardíaco. Porém, indícios pela casa levaram os agentes a desconfiar que Patrícia poderia teria sido assassinada.

A investigação apurou que Lorscheitter estava dopando a vítima há certo tempo, colocando medicamentos no sorvete. Com ela dormindo, era ministrado remédio para induzir um ataque cardíaco.

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