POLÍCIA

Quem era o motoboy que morreu após perseguição policial?

Jovem de 25 anos tinha uma filha de 3 e seria pai de uma segunda, no sétimo mês de gestação

Publicado em: 09/04/2024 12:21
Última atualização: 09/04/2024 15:32

Rafael Gonçalves dos Santos, 25 anos, morto com um tiro na cabeça durante perseguição policial na madrugada de sexta-feira (5), em Novo Hamburgo, era visto como uma liderança jovem do bairro Santa Marta, onde morava em São Leopoldo.


Rafael realizou ação para crianças do bairro onde morava na última Páscoa Foto: Reprodução/Redes Sociais

As circunstâncias da morte de Rafael ainda são nebulosas e a Polícia Civil diz que apura o caso.

Quem era Rafael?

Caminhoneiro de profissão, atualmente Rafael estava trabalhando como motoboy. Ele tinha uma filha de três anos, com quem compartilhava passeios e brincadeiras nas redes sociais. Solteiro, seria pai de outra menina, no sétimo mês de gestação. 

Na última Páscoa, organizou entrega de presentes para crianças do bairro e arredores. "Era um rapaz trabalhador, divertido. Difícil acreditar que morreu desta forma. Há poucos dias estava distribuindo pacotinhos para a criançada", comenta um amigo.

"A gente quer saber o que realmente aconteceu. Por que atiraram nele. Isso não era necessário", acrescenta um parente.

Circunstâncias nebulosas

Os principais pontos a serem elucidados é como aconteceram a tentativa de abordagem e a perseguição até o desfecho com o tiro. Também não está esclarecida a quantidade de disparos dos policiais. A delegada de Homicídios, Marcela Ehler, frisa que tudo é apurado.

A delegada não informa se as armas dos policiais foram apreendidas para perícia. "Dado sigiloso referente à investigação", observa.

Relembre o caso

  • Rafael foi atingido por um tiro na cabeça enquanto estava no banco traseiro de um Corolla em fuga da Brigada Militar. O veículo, que era conduzido por um amigo do jovem, foi recolhido para perícia.
  • Rafael deu entrada no Hospital Municipal de Novo Hamburgo por volta de 1h45 da sexta. Morreu às 14h35.
  • Ele foi enterrado na cidade na tarde de sábado, no Cemitério da Piedade, no Arroio da Manteiga.
  • Os brigadianos envolvidos na ocorrência, segundo a delegada de Homicídios, serão ouvidos nos próximos dias.
  • O motorista, que foi liberado no mesmo dia, após o registro da ocorrência, também deve ser ouvido na Delegacia de Homicídios.

O que diz a BM

A Brigada Militar só se manifesta por meio de uma nota. Diz, em síntese, que "foi instaurado inquérito policial militar para elucidar os fatos e eventuais responsabilidades".

Gostou desta matéria? Compartilhe!
Matérias Relacionadas