ADOTADOS

VÍDEO: Gatinhos brincam tempos após serem resgatados de casa do terror em Caxias

Nove gatos foram resgatados de casa onde eram torturados no final de setembro de 2023

Publicado em: 17/01/2024 17:57
Última atualização: 17/01/2024 18:09

Em setembro de 2023, a Brigada Militar junto à ONG Sem Raça Definida (SRD) entraram em uma residência de Caxias do Sul após uma denúncia de que gatos estariam sendo maltratados. O que eles encontraram foi uma cena de terror. Os pequenos eram torturados com requintes de crueldade. O homem foi preso pela primeira vez, em flagrante, e os sobreviventes foram resgatados para começar sua segunda vida.

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A gatinha charmosa com três pontinhos na nariz é uma das resgatadas, foi adotada e se recupera bem Foto: Arquivo Pessoal

Nove gatos foram retirados do cenário de terror no mesmo dia e a luta para que conseguissem se reerguer começou. Sete deles foram internados em uma clínica veterinária, tratados e hoje seis estão tendo seu recomeço com famílias que os amam. "São muito amorosos e queridos", disse a veterinária que cuidou deles na hospital logo no começo, nas redes sociais.

Confira vídeo dos gatinhos brincando:

Superando traumas

Mas a crueldade deixa marcas e os pequenos ainda sofrem com problemas de saúde e comportamentais. "Todos acabaram criando problemas gastrointestinais", conta Andressa Mallmann, presidente da ONG SRD que acompanhou os animais desde o resgate.

Com quase - ou todos - os dentes arrancados com um alicate de corte, usado para cortar fios de ligas metálicas, aço e cobre, o alimento dos animais precisa ser bem triturado. Ainda assim, muitas vezes os pequenos acabam engolindo a comida inteira, mesmo que seja húmida. Ao verem a ração, se desesperam e comem como se fosse a última vez. "Eles têm muita fome", explica. Mesmo com as adversidades, "todos eles estão se reabilitando bem", conta Mallmann.

O único dos sobreviventes que não foi adotado e permanece com a ONG é o Savannah, um gato rajadinho e querido, mas que permanece com muitas sequelas comportamentais dos traumas vividos. Ele ainda faz tratamentos e não está preparado para ser adotado, por isso permanece na organização, sendo cuidado.

Conheça os gatinhos:

Gatos estão se recuperando bem, apesar de ainda ter traumasAndressa Mallmann/Especial
Gatos estão se recuperando bem, apesar de ainda ter traumasAndressa Mallmann/Especial
Gatos estão se recuperando bem, apesar de ainda ter traumasAndressa Mallmann/Especial
Gatos estão se recuperando bem, apesar de ainda ter traumasAndressa Mallmann/Especial
Gatos estão se recuperando bem, apesar de ainda ter traumasAndressa Mallmann/Especial
Gatos estão se recuperando bem, apesar de ainda ter traumasAndressa Mallmann/Especial
Gatos estão se recuperando bem, apesar de ainda ter traumasAndressa Mallmann/Especial

Dos nove, dois vieram a falecer tempos depois, quando já haviam sido adotados, inclusive, devido a complicações advindas dos maus-tratos.

Sora tinha um problema no intestino, foi para a cirurgia, mas morreu horas depois. Chamada de Bebê por ser muito nova, a segunda gata a não resistir ficou muito tempo sem alimentação enquanto era mantida na casa de torturas do homem. Quando foi resgatada, mesmo se alimentando, veio a falecer.

Esperando um lar

Hoje, a ONG cuida de trinta gatos. Quando o homem foi solto em liberdade provisória, concedida pela juíza da 2ª Vara Criminal de Caxias do Sul em dezembro do ano passado, Mallmann afirma que todos ficaram desesperados. A cada informação que recebiam de que havia um pequeno na região, a organização corria para resgatá-los.

Para mais informações sobre os pequenos que estão sendo cuidados pela SRD, é preciso entrar no Instagram da ONG, @ongsrdoficial.

O caso

Em setembro de 2023, a Brigada Militar junto à ONG Sem Raça Definida (SRD) entraram em uma residência de Caxias do Sul após uma denúncia de que gatos estariam sendo maltratados. O que eles encontraram foi uma cena de terror. Os pequenos eram torturados com requintes de crueldade. Estavam amarrados pelo pescoço com corda de pequeno comprimento, enforcados com lacres plásticos e abraçadeiras, entre outros.

O homem que ali morava foi preso em flagrante. Solto em dezembro em liberdade provisória, a ONG começou a receber ameaças em janeiro, acreditando ser vindas dele. O Ministério Público do RS pediu à Polícia Civil investigação urgente e, um dia depois, ele foi preso novamente.

A Civil ainda investigada.

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