A sessão da Câmara de Vereadores de Novo Hamburgo desta quarta-feira (11) marcará o fim de um ciclo para 64,28% dos parlamentares que não conseguirão renovar seus mandatos nas eleições municipais de outubro. Na última sessão plenária da atual legislatura, que começa logo mais, às 14 horas, os edis se despedirão da Casa. Essa é a realidade de sete vereadores que não conseguiram renovar seus mandatos, além de outros dois que optaram por buscar novos desafios políticos.
No total, dos 14 vereadores que atualmente compõem o legislativo, nove não estarão na Câmara Municipal no próximo mandato, enquanto cinco conseguiram a reeleição.
Entre os vereadores que não se reelegeram, destaca-se Gerson Peteffi (MDB), atual presidente da Câmara, que buscava seu nono mandato consecutivo. Com mais de 30 anos de trajetória no Legislativo, Peteffi obteve 1.673 votos, ficando como segundo suplente de seu partido — a 80 votos de garantir a reeleição. Sobre seu futuro, Peteffi afirmou que está encerrando seu ciclo político e que se dedicará mais à família, ao cuidado físico e espiritual, e ao trabalho médico em menor escala. “A decisão popular foi tomada, realizei minha parte”, declarou.
Além do parlamentar decano, entre os que perderam a reeleição estão lideranças como Inspetor Luz (PP). O vereador adiantou que em 2025 retorna às atividades policiais na 1ª DP de Novo Hamburgo e permanece como primeiro suplente do PP. Darlan Oliveira (MDB) também se despede do Legislativo. Conforme o parlamentar, a meta é se preparar para o pleito de 2028. “Vou me preparar para voltar mais forte e focado, mas não descarto ir ao pleito daqui a dois anos, estou à disposição do partido”.
Vladi Lourenço (Podemos), Lourdes Valim (Republicanos) e Semilda, Tita (PSDB) também não conseguiram a reeleição. Ambos, assim como Peteffi e Darlan, estão na suplência dos seus partidos e ainda podem sonhar em exercer o mandato por algum período na próxima legislatura.
Raizer Ferreira (PSDB) e Gustavo Finck (PP) também ficam fora da Câmara, pois disputaram a majoritária. Finck, eleito prefeito, assumirá o Executivo em 1º de janeiro. Já Raizer pretende seguir atuando nos bastidores da política local como presidente do PSDB, visando fortalecer o partido e fomentar novas lideranças. Ele confirmou que estará no pleito de 2028. “Minha caminhada na vida pública não se encerra aqui”, adianta.
O Solidariedade de Fernando Lourenço, o Fernandinho, não atingiu o quociente partidário e ficou sem representação. Ele, o vereador mais votado no pleito de outubro (4.084 votos), se despede da Câmara afirmando que o crescimento nas urnas é um reflexo do seu trabalho. “Saio de cabeça erguida”, disse, destacando a possibilidade de disputar novamente em 2028 após um período dedicado à família. “Foram oito anos de muito trabalho dedicados a nossa comunidade. Mais para frente vamos decidir os rumos”.
Os vereadores Vladi Lourenço (Podemos), Lourdes Valim (Republicanos) e Semilda Tita (PSDB) não retornaram aos contatos até o fechamento da edição.
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