PIRANHAS INVASORAS

PALOMETAS: Conheça espécie de piranha presente no Rio do Sinos que traz problemas para pescadores

Especialistas apontam crescimento da população do peixe natural da bacia do Rio Uruguai como "inevitável" no Rio dos Sinos

Publicado em: 17/07/2023 21:27
Última atualização: 17/10/2023 15:38

Registradas pela primeira vez na Praia do Paquetá, em Canoas, a espécie de piranha palometa começou a ser vista em outros pontos do Rio dos Sinos ainda em maio deste ano. De acordo com o Comitesinos, já houve registro desse peixe em trechos do rio em São Leopoldo.


Evair mostra palometa tirada do rio que acabou empalhada Foto: Paulo Pires/GES

Carnívoro e predador voraz, a espécie palometa causa um desequilíbrio natural em sua chegada ao novo habitat. Entretanto, o analista ambiental do Ibama, Maurício Vieira de Souza, deixa claro que não há como evitar sua chegada e sua proliferação. “Não tem técnicas de contenção de invasão de espécies exóticas.”

Souza projeta uma regulação natural da relação entre as palometas e o meio ambiente. “Ele está se adaptando a um ambiente novo e o ambiente novo também está se adaptando a ele. Não dá para imaginar que esses animais vão tomar conta de tudo”, afirma.

Mas até que a nova espécie esteja adaptada ao novo ambiente, a tendência é que as espécies nativas sejam prejudicadas, o que causa um impacto direto nos pescadores que dependem da atividade para sobreviver.

Por serem peixes carnívoros e com uma grande capacidade de predação, as palometas causam um desequilíbrio no ecossistema quando chegam ao um novo habitat, algo que se equilibra com o tempo. “Numa construção natural não tem um potencial de desequilibrar populações de outras espécies”, afirma Souza.

Pescadores já relatam problemas com palometas no Rio dos Sinos

Esta espécie de piranha veio do Rio Uruguai. As palometas avançaram pelo Jacuí em 2020 e chegaram a vários pontos do Rio dos Sinos. Prejudicam desde então a vida de muitos pescadores, como Evair Lopes, trabalhador da Prainha do Paquetá, Canoas, que até deixou de colocar linhas na água durante o dia.

"Eu só consigo pescar à noite, porque a gente encontra os peixes faltando pedaços nas redes quando coloca na água durante o dia", relata. "Os bichos são brabos e devoram o que veem pela frente. Sobra quase nada."

Ainda segundo o pescador, há também as palometas que ficam presas na rede e desse modo comprometem o material. Ele conta que o irmão, ao tentar tirar uma, viu parte do dedo ser rasgada pela piranha em poucos segundos.

"Se ele não conseguisse tirar, ela arrancava o dedo fora", diz. "O bicho é desgranido e fica difícil até de tirar da rede", explica. "Se continuar assim, a gente não vai mais conseguir pescar porque vai acabar o peixe em pouco tempo", lamenta.

Transformar em opção

Registradas pela primeira vez na Praia do Paquetá, em Canoas, a espécie de piranha palometa começou a ser vista em outros pontos do Rio dos Sinos ainda em maio deste ano. De acordo com o Comitesinos, já houve registro desse peixe em trechos do rio em São Leopoldo.


Evair mostra palometa tirada do rio que acabou empalhada Foto: Paulo Pires/GES

Carnívoro e predador voraz, a espécie palometa causa um desequilíbrio natural em sua chegada ao novo habitat. Entretanto, o analista ambiental do Ibama, Maurício Vieira de Souza, deixa claro que não há como evitar sua chegada e sua proliferação. “Não tem técnicas de contenção de invasão de espécies exóticas.”

Souza projeta uma regulação natural da relação entre as palometas e o meio ambiente. “Ele está se adaptando a um ambiente novo e o ambiente novo também está se adaptando a ele. Não dá para imaginar que esses animais vão tomar conta de tudo”, afirma.

Mas até que a nova espécie esteja adaptada ao novo ambiente, a tendência é que as espécies nativas sejam prejudicadas, o que causa um impacto direto nos pescadores que dependem da atividade para sobreviver.

Por serem peixes carnívoros e com uma grande capacidade de predação, as palometas causam um desequilíbrio no ecossistema quando chegam ao um novo habitat, algo que se equilibra com o tempo. “Numa construção natural não tem um potencial de desequilibrar populações de outras espécies”, afirma Souza.

Pescadores já relatam problemas com palometas no Rio dos Sinos

Esta espécie de piranha veio do Rio Uruguai. As palometas avançaram pelo Jacuí em 2020 e chegaram a vários pontos do Rio dos Sinos. Prejudicam desde então a vida de muitos pescadores, como Evair Lopes, trabalhador da Prainha do Paquetá, Canoas, que até deixou de colocar linhas na água durante o dia.

"Eu só consigo pescar à noite, porque a gente encontra os peixes faltando pedaços nas redes quando coloca na água durante o dia", relata. "Os bichos são brabos e devoram o que veem pela frente. Sobra quase nada."

Ainda segundo o pescador, há também as palometas que ficam presas na rede e desse modo comprometem o material. Ele conta que o irmão, ao tentar tirar uma, viu parte do dedo ser rasgada pela piranha em poucos segundos.

"Se ele não conseguisse tirar, ela arrancava o dedo fora", diz. "O bicho é desgranido e fica difícil até de tirar da rede", explica. "Se continuar assim, a gente não vai mais conseguir pescar porque vai acabar o peixe em pouco tempo", lamenta.

Poucos riscos para humanos

Registradas pela primeira vez na Praia do Paquetá, em Canoas, a espécie de piranha palometa começou a ser vista em outros pontos do Rio dos Sinos ainda em maio deste ano. De acordo com o Comitesinos, já houve registro desse peixe em trechos do rio em São Leopoldo.


Evair mostra palometa tirada do rio que acabou empalhada Foto: Paulo Pires/GES

Carnívoro e predador voraz, a espécie palometa causa um desequilíbrio natural em sua chegada ao novo habitat. Entretanto, o analista ambiental do Ibama, Maurício Vieira de Souza, deixa claro que não há como evitar sua chegada e sua proliferação. “Não tem técnicas de contenção de invasão de espécies exóticas.”

Souza projeta uma regulação natural da relação entre as palometas e o meio ambiente. “Ele está se adaptando a um ambiente novo e o ambiente novo também está se adaptando a ele. Não dá para imaginar que esses animais vão tomar conta de tudo”, afirma.

Mas até que a nova espécie esteja adaptada ao novo ambiente, a tendência é que as espécies nativas sejam prejudicadas, o que causa um impacto direto nos pescadores que dependem da atividade para sobreviver.

Por serem peixes carnívoros e com uma grande capacidade de predação, as palometas causam um desequilíbrio no ecossistema quando chegam ao um novo habitat, algo que se equilibra com o tempo. “Numa construção natural não tem um potencial de desequilibrar populações de outras espécies”, afirma Souza.

Pescadores já relatam problemas com palometas no Rio dos Sinos

Esta espécie de piranha veio do Rio Uruguai. As palometas avançaram pelo Jacuí em 2020 e chegaram a vários pontos do Rio dos Sinos. Prejudicam desde então a vida de muitos pescadores, como Evair Lopes, trabalhador da Prainha do Paquetá, Canoas, que até deixou de colocar linhas na água durante o dia.

"Eu só consigo pescar à noite, porque a gente encontra os peixes faltando pedaços nas redes quando coloca na água durante o dia", relata. "Os bichos são brabos e devoram o que veem pela frente. Sobra quase nada."

Ainda segundo o pescador, há também as palometas que ficam presas na rede e desse modo comprometem o material. Ele conta que o irmão, ao tentar tirar uma, viu parte do dedo ser rasgada pela piranha em poucos segundos.

"Se ele não conseguisse tirar, ela arrancava o dedo fora", diz. "O bicho é desgranido e fica difícil até de tirar da rede", explica. "Se continuar assim, a gente não vai mais conseguir pescar porque vai acabar o peixe em pouco tempo", lamenta.

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