TEM PALOMETA NA ENCHENTE

Pescador de 70 anos é atacado por piranha no interior do RS e vai parar no hospital

Brigadiano aposentado tentava tirar um pintado da rede de pesca quando foi surpreendido por uma palometa

Publicado em: 21/09/2023 18:27
Última atualização: 21/09/2023 19:09

Se alguns anos atrás alguém contasse que foi atacado por uma piranha em pleno Rio Jacuí, no interior do Rio Grande do Sul, certamente diriam que é história de pescador. Mas um policial militar aposentado de 70 anos tem até uma marca na mão para mostrar que a história é verdadeira.

PESCADORES DA REGIÃO RELATAM PROBLEMAS CAUSADOS PELAS PALOMETAS


Pescador é atacado por palometa no interior do Rio Grande do Sul Foto: Arquivo pessoal

Hélio Pinto Barbosa mora em Cachoeira do Sul, no Centro do Estado, e pesca com muita frequência no Rio Jacuí. Quase vizinho do rio, ele é testemunha do avanço das palometas na região, algo impensável até pouco tempo atrás. Essas piranhas invasoras inclusive já chegaram ao Rio dos Sinos e no Guaíba.

E foi justamente uma palometa de uns 20 centímetros, aproximadamente, que o surpreendeu nesta quinta-feira (21). Pouco antes das 11 horas ele estava pescando em uma área de enchente perto da Praia Nova – um balneário de Cachoeira – quando, ao tirar um pintado da rede, foi mordido na mão pela palometa.


Pescador é atacado por palometa no interior do Rio Grande do Sul Foto: Arquivo pessoal

ESPÉCIE VEIO PARA FICAR, DIZ ESPECIALISTA DO IBAMA

"Foi um susto enorme. Ele viu que o bicho estava na rede, mas jamais imaginou que seria atacado", conta Rodrigo Barbosa, filho de Hélio. Com a mão sangrando, o pescador foi embora e buscou atendimento no hospital da cidade no início da tarde.

"Agora que ele está saindo do hospital", disse Rodrigo no fim da tarde, contando que, pelo tipo de ferimento, "nem deu pra costurar". "Felizmente não foi um ferimento muito grande ou profundo, mas o suficiente para mostrar que esses bichos podem atacar as pessoas."

"É um praguedo", diz pescador atacado

No início da noite desta quinta Hélio Pinto Barbosa conversou com o Grupo Sinos. "Parece que o bicho voou. A palometa estava presa na rede e, quando cheguei perto com a mão para tirar o pintado da rede, ela pulou uns dois palmos e me mordeu. Foi um baita susto", relata.

O pescador diz que as primeiras piranhas foram identificadas em 2020 e que, de lá para cá, estão ficando maiores. "No início da semana peguei algumas na rede bem maiores que o normal. É um praguedo. Essas palometas tomaram conta do Jacuí", lamenta, dizendo que ficou mais difícil pescar quando o rio está baixo.

"Em tempo de seca, pescar com rede ou espinhel é só pra alimentar as piranhas. Já aconteceu de pegar uns 50 pintados e só conseguir aproveitar um ou dois. O resto vem mordido ou só o esqueleto mesmo", conta o pescador, que agora vai incluir luvas em seu kit de pescaria. "Não dá pra facilitar", sorri.

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