MORADORA DE RIOZINHO

Torcedora do Inter que sofreu AVC durante viagem à Argentina retorna ao RS

Verani Corso, de 77 anos, aproveitou uma oportunidade de excursão para conhecer o país do seu ídolo D'Alessandro. Médicos argentinos autorizaram o transporte terrestre; entenda

Publicado em: 25/08/2023 12:18
Última atualização: 17/10/2023 19:45

A torcedora do Inter que sofreu um Acidente Vascular Cerebral (AVC) hemorrágico durante viagem à Argentina retornará ao Rio Grande do Sul. Em vídeo divulgado nas redes sociais o filho da moradora de Riozinho, no Vale do Paranhana, conta que “recebemos a notícia da mãe estar habilitada para fazer o transporte terrestre para voltar ao Brasil”.


Cris Mendes Foto: Arquivo pessoal

De acordo com Ramão Corso, de 46 anos, o quadro da mãe dele, Verani Corso, 77, apresentou melhoras e com isso a equipe médica do Hospital Central de Mendoza, no país vizinho, autorizou a viagem desde que com uma UTI móvel.

Inicialmente, a transferência para o Estado havia sido autorizada apenas por UTI aérea, em decorrência do quadro de saúde da idosa. A família chegou a procurar a embaixada brasileira na Argentina, mas não teve ajuda para trazer Verani para o seu País. Em nota, o Itamaraty que estava acompanhando a situação da família mas que “Por limitações orçamentárias e em respeito às normas legais vigentes, não é possível ao Ministério das Relações Exteriores proceder a repatriações médico-hospitalares”.

A família da torcedora colorada também procurou o governo gaúcho, que em nota disse que “quando envolve paciente brasileiro, internado no exterior, que precisar de transferência interhospitalar, as tratativas devem ocorrer através de consulados”.

Ramão iniciou uma campanha colaborativa para arrecadar R$ 133.799,00 para o transporte aéreo, mas com a nova autorização a ação foi encerrada. “É bem provavél que a gente levaria um mês, conforme estava ocorrendo o andamento da vakinha, para chegar no valor do transporte aéreo e a gente não podia mais esperar por isso”, explica o filho da idosa.

De acordo com ele, para a recuperação da gaúcha compreender o idioma da equipe médica é essencial para Verani e por isso o retorno ao Brasil é importante o quanto antes para a continuidade do tratamento. “Decidimos encerrar a ‘vakinha’. O valor que conseguimos arrecadar não cobre o custo do transporte de uma UTI terrestre, mas a diferença é algo que a gente consegue custear”, justifica. A ação foi encerrada com a ajuda de 512 apoiadores e com R$ 34.714,47 arrecadados. No vídeo, o filho da torcedora agradece em nome da família à todos que contribuíram com doações. 

Conforme Ramão, a equipe responsável pelo transporte é da cidade de Taquara e saiu na quinta-feira (24) para buscar a moradora de Riozinho. “Quero que descansem e me digam quanto estarão prontos para a volta”, afirma Ramão sobre a chegada dos profissionais que está prevista para essa sexta-feira (25). A expectativa da família é de que a idosa chegue no Rio Grande do Sul no domingo (27). A torcedora será levada para o Hospital de Sapiranga, onde receberá a assistência dos profissionais necessários.

Relembre o caso

A professora aposentada Verani aproveitou a oportunidade de excursão com um grupo de idosos para realizar o seu sonho de ir conhecer o país do seu ídolo colorado D’Alessandro. O ex-jogador, que atualmente é coordenador técnico do Cruzeiro, soube da história e publicou um vídeo de apoio à sua fã. Ele também falou com o filho da gaúcha por telefone, mas o teor da conversa não foi revelado.

O grupo de turistas saiu do Rio Grande do Sul no dia 29 de julho e chegou na Argentina no dia 31. Em 1º de agosto a idosa chegou a compartilhar uma foto do passeio com os filhos. Porém, na madrugada do dia seguinte, Verani teria se sentido mal e sofrido o AVC no hotel em que estava hospedada. Ele foi levada para o Hospital de Mendoza, onde segue internada até o seu retorno para o Brasil.

Ramão, que é o filho caçula da idosa, viajou de carro para o país vizinho assim que soube o que aconteceu com a sua mãe. Além dele, Verani também é mãe de Dioneia Roberto Corso Valerio, 52.

"Apesar de toda a atenção e ótimo atendimento que tivemos aqui em Mendoza de toda a equipe do hospital, desde os guardas até os médicos. Agradeço a toda equipe do Hospital Central de Mendoza. Porém, estar mais perto de casa e com a nossa língua nos traz mais tranquilidade na comunicação e no processo de reabilitação que a mãe vai necessitar. Teremos familiares e amigos mais perto para poder colaborar em todo o processo", finaliza Ramão. 

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