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ACIMA DA MÉDIA

El Niño ainda não atingiu intensidade máxima e deve aumentar volume de chuvas nos próximos meses no Sul do Brasil; saiba mais

Um dos efeitos do fenômeno para a América do Sul é o aumento da precipitação na região e de seca no norte e nordeste do País

Publicado em: 16/09/2023 às 11h:28 Última atualização: 16/09/2023 às 15h:41
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O Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais, ligado ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação, alerta que o El Niño ainda não atingiu a intensidade máxima e não descarta que situações similares como a registrada na semana passada no Rio Grande do Sul possam se repetir nos próximos meses. A previsão é de chuvas acima da média para o Sul do Brasil, pelo menos até novembro.

chuva | Jornal NH



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Foto: Diego da Rosa/GES

De acordo com centro, um sistema frontal com características quase estacionárias foi o principal responsável pelas precipitações históricas que desencadearam as inundações no centro-norte do Rio Grande do Sul. Cerca de 100 municípios gaúchos foram atingidos.

Uma frente fria, que se originou na Argentina e estacionou sobre o Estado, aliada a um sistema de baixa pressão nos altos níveis da atmosfera, motivaram as precipitações de quase 300 milímetros. “Para se ter ideia da dimensão, choveu em 5 dias o dobro do historicamente registrado para todo o mês de setembro”, destacou o centro de monitoramento.

Um dos efeitos do El Niño no padrão climático regional para a América do Sul é o aumento das chuvas no Sul do Brasil e de seca nas regiões Norte e Nordeste. O fenômeno altera o comportamento dos sistemas frontais, que são regiões de encontro de massas de ar quentes e frias e que estão associadas à ocorrência de chuva.

“Durante os anos de El Niño, as frentes frias se posicionam com maior frequência sobre a região Sul do Brasil e, com isso, as precipitações se tornam mais assíduas e volumosas”, explica o centro.

O centro de monitoramento destaca ainda que as frentes frias estacionam sobre a região em razão de outra alteração provocada pelo El Niño. “O aumento das temperaturas nas proximidades do Equador amplia a deferência térmica entre as latitudes equatoriais e polares, o que traz como consequência uma maior intensidade e estabilidade dos ‘jatos’, que são canais de ventos intensos que ocorrem na alta atmosfera e que controlam o comportamento das frentes frias”.

“Assim, durante anos do El Niño, esses jatos tendem a se posicionar sobre a Região Sul, motivando a alta frequência de passagens frontais sobre essa região e, em decorrência, um maior acumulado pluviométrico”, explica o Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais.

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