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VALE DO SINOS

Aluno de 11 anos com autismo é agredido por professora em Nova Hartz

Episódio aconteceu no refeitório da escola municipal; veja posicionamento da Secretaria de Educação da cidade

Stefany de Jesus Rocha
Publicado em: 16/04/2024 às 19h:16
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Um aluno de 11 anos com Transtorno do Espectro Autista (TEA) foi agredido por uma professora de uma escola municipal de Nova Hartz. O caso aconteceu há uma semana, no dia 9 de abril. A mulher foi afastada da função.

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Conforme a avó paterna da criança, de 52 anos, a situação aconteceu no refeitório da instituição de ensino durante o recreio, na frente de outros alunos.

O episódio chegou ao conhecimento da dona de casa, que há seis meses tem a guarda dele e dos irmãos, por meio da neta de 14 anos, que presenciou a cena. Segundo ela, ele não contou o fato, pois não costuma interagir verbalmente com as pessoas.

A avó relata que o menino é estudante do ensino fundamental, mas, por conta do grau do TEA que possui, atualmente realiza apenas atividades recreativas na escola, acompanhado de uma professora auxiliar. Ela ressalta que durante toda a vida escolar do menino, ele sempre teve uma acompanhante especializada.

Contudo, no momento em que a situação aconteceu, a professora que acompanha o aluno teria precisado atender outras crianças e o deixou sob os cuidados de uma educadora de outra turma. A mulher, então, teria mandado ele lavar o rosto, mas, como o menino precisa de auxílio para realizar a ação, permaneceu parado.

Diante disso, ela teria insistido e passado a gritar com ele. Sem reação por parte do aluno, a professora teria puxado um dos braços da vítima e lavado o rosto de forma agressiva, o que fez com que ele começasse a chorar.

“Ele ficou bem assustado depois do ocorrido”, conta a familiar, que disse também ter ficado abalada com a situação. “Se eu repreendo ele por algo, ele sai correndo para o quarto, e não fazia isso antes”, ressalta. O menino segue indo para as aulas regularmente e, passado uma semana do acontecimento, tem melhorado. 

Segundo a avó, a vítima nunca havia passado por uma situação semelhante. A escola não a comunicou sobre a situação, mas assim que a responsável soube, relatou o caso ao Conselho Tutelar da cidade. O órgão disse à reportagem que os procedimentos cabíveis já estão sendo realizados.

Até esta terça-feira (16), o caso não havia sido registrado na Polícia Civil.

O nome da vítima e da avó não são divulgados para preservar a integridade da criança, conforme determina o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA).

O que diz a Secretaria de Educação

Procurada pela reportagem, a Secretaria de Educação de Nova Hartz disse que a professora foi afastada da escola no mesmo dia do ocorrido. A pasta afirmou que “algumas providências já foram tomadas” e que no momento não dariam mais detalhes sobre o caso e sobre os procedimentos que serão tomados.

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