VIGILÂNCIA SANITÁRIA

GRIPE AVIÁRIA: Saiba o que fazer se encontrar animais com suspeita de H5N1

Secretaria da Agricultura do RS divulgou nota técnica sobre recomendações a respeito dos casos recentes de gripe aviária em animais silvestres

Publicado em: 31/10/2023 15:12
Última atualização: 16/11/2023 15:33

O enfrentamento do vírus da influenza aviária de alta patogenicidade, o H5N1, no Rio Grande do Sul reúne órgãos e secretarias estaduais de diferentes segmentos. O esforço é para manter a doença longe das criações comerciais.

FAÇA PARTE DO CANAL DO JORNAL NH NO WHATSAPP


Gripe aviária foi detectada também em animais marinhos Foto: Divulgação/Seapi

No início do mês, a Secretaria da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação (Seapi) publicou uma nota técnica com orientações sobre o controle da gripe aviária. Esse documento reforça as medidas de controle, sendo direcionado à população em geral sobre os riscos da doença e a respeito de medidas de biossegurança para operadores com sequência de colocação e retirada de equipamentos, recolhimento e destinação de carcaças e desinfecção. 

"O alinhamento é constante para evitarmos a disseminação do vírus. Sabemos dos riscos que a doença oferece, e as equipes da Seapi têm trabalhado em ações de vigilância ativa para levar informações para a população e conscientizar sobre medidas que são necessárias neste momento", explica o secretário da Agricultura, Giovani Feltes.

Orientações à população em geral

  • Recomenda-se evitar a entrada do público em geral em locais conhecidos de concentração de mamíferos marinhos (lobos ou leões marinhos) ou de aves migratórias. Mamíferos marinhos nas praias causam interesse da população em geral;
  • Não se aproximar, alimentar ou tocar em animais silvestres;
  • Se encontrar animais aparentemente feridos ou doentes, não deve se aproximar nem tentar levantá-los ou socorrê-los. É necessário comunicar o Serviço Oficial (WhatsApp 51-98445-2033) ou a Patram.
  • Prevenir o contato de animais domésticos (como cães e gatos) com animais silvestres, evitando a circulação destes na beira da praia;
  • Em caso de contato com animais marinhos suspeitos ou com carcaças, intensificar medidas de desinfecção e atentar para o aparecimento de sintomas respiratórios nos próximos 10 dias. Em caso de suspeita, procurar atendimento médico na UPA mais próxima e informar sobre o histórico de exposição prévia.

Vigilância reforçada no litoral

Com a mediação da Federação das Associações de Municípios do Rio Grande do Sul (Famurs), a Seapi também tem se articulado com os municípios litorâneos do Estado no enfrentamento à enfermidade. As ações multidisciplinares também contam com apoio das secretarias estaduais da Saúde, do Meio Ambiente e Infraestrutura e da Segurança Pública, além da Casa Civil.

Equipes das unidades locais da Seapi estão atuando no atendimento e na investigação dos casos suspeitos, além de auxiliar e orientar prefeituras sobre procedimentos para recolhimento, enterrio e desinfecção dos equipamentos e maquinários. "Também estamos oferecendo os Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) para os servidores das prefeituras que estão realizando os enterrios", conta a coordenadora do Programa Estadual de Sanidade Avícola, Ananda Kowalski.

Caso recente

No último dia 13 - três dias depois da publicação da nota técnica da Seapi - foi confirmada a detecção de um foco de Influenza Aviária de Alta Patogenicidade (H5N1) em uma ave silvestre localizada na praia do Mar Grosso, no município de São José do Norte. A identificação do vírus ocorreu em uma ave silvestre da espécie trinta-réis-real.

Esse foi o quarto caso em aberto no Rio Grande do Sul, contabilizando os três focos em mamíferos aquáticos (Rio Grande, Santa Vitória do Palmar e Torres). A notificação não altera a condição sanitária do Estado e do País, e não há risco para consumo de carnes e ovos.

Gostou desta matéria? Compartilhe!
Matérias Relacionadas