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Segurança

Polícia Civil planeja criar uma Delegacia de Proteção a Grupos Vulneráveis em Canoas

Mudanças na estrutura do órgão na cidade deram início à organização de central que funcionará no bairro Fátima

Publicado em: 16/04/2024 às 16h:26 Última atualização: 16/04/2024 às 16h:27
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Em 2018, a Polícia Civil criou o Departamento Estadual de Proteção a Grupos Vulneráveis (DPGV). A iniciativa partiu da demanda surgida de vítimas pertencentes a grupos considerados vulneráveis, como crianças e adolescentes, idosos, mulheres, negros e população LGBT+.

Central de Polícia passou a ser a nova casa da DP da Mulher em Canoas



Central de Polícia passou a ser a nova casa da DP da Mulher em Canoas

Foto: PAULO PIRES/GES

O tempo passou desde então e tanto denúncias quanto apurações de casos cresceram, razão pelo qual há necessidade de ampliação do atendimento. Eis que a 2ª Delegacia de Polícia Regional Metropolitana (DPRM) planeja a criação de uma Delegacia de Proteção a Grupos Vulneráveis em Canoas.

A informação partiu do diretor da 2ª DPRM, o delegado Cristiano Reschke, que promove uma reestruturação que começou com a mudança da Delegacia Especializada no Atendimento à Mulher (Deam) de Canoas, que aconteceu na última quinta-feira (11).

Conforme o delegado, o objetivo é a qualificação do atendimento prestado à população. Por conta do número de ocorrências envolvendo a Lei Maria da Penha – são 450 registros somente nos três primeiros meses do ano – a DP da Mulher concentra atenção imediata.

A Especializada deixou a sede da Secretaria de Segurança Pública, na Rua Humaitá 1130, no bairro Nossa Senhora das Gracas, e passa a funcionar na Central de Polícia de Canoas, na Avenida Dr. Sezefredo Azambuja Vieira 2730, no bairro Marechal Rondon.

Reschke esclarece que a mudança visa não apenas cumprir a nova exigência que estabelece plantões 24 horas na DP, mas, também, garantir um atendimento diferenciado às vítimas que chegam para prestar queixa na Delegacia de Pronto Atendimento de Canoas.

“Havia muita reclamação que a vítima de violência doméstica precisava se deslocar da DPPA de Canoas para outro endereço para receber um atendimento mais especializado”, frisa. “Estamos em um período de adaptação e a previsão é que tudo esteja pronto em duas semanas”, avisa.

O delegado aponta que até o dia 1º de maio, tudo estará pronto para que o atendimento às vítimas ocorra seja 100%no prédio, com cada mulher sendo acolhida na sala das margaridas.

“Nossa demanda é enorme e existe a necessidade para este olhar diferenciado em torno de cada ocorrência”, avalia. “Não haverá mais aquele tipo de exposição da vítima, porque o atendimento será qualificado”.

Pedofilia

Outra mudança importante que ocorreu é referente a Delegacia de Proteção à Criança e Adolescente (DPCA) de Canoas, que deixou de atender na Central de Polícia e passou a atender junto a 4ª Delegacia de Polícia (DP) de Canoas.

Assim, a Delegacia da Criança deixou o espaço que ocupava na Central para ceder espaço justamente a DP da Mulher. O novo endereço da DPCA é no segundo piso da 4ª DP, na Rua João Nicolau 225, no bairro Fátima.

A Especializada coordenada pelo delegado Maurício Barison funcionará somando as atribuições referentes ao cartório da intolerância e também o cartório do idoso, formando assim uma central que responderá como uma Delegacia de Proteção a Grupos Vulneráveis.

“Esses cartórios são especializados, mas funcionavam de maneira descentralizada em Canoas”, salienta o diretor. “Vamos reuni-los em um mesmo espaço, igualmente garantindo uma atenção maior a cada segmento por meio de investigações especializadas”, defende Reschke. “A pedofilia vai continuar sendo combatida com vigor”.

DP amiga dos animais

Ainda segundo o diretor da Regional em Canoas, a 4ª Delegacia de Polícia permanece respondendo por crimes na área que abrange os bairros Rio Branco, Fátima e Mato Grande, em paralelo ao trabalho que a deixou conhecida como a Delegacia Amiga dos Animais, por centralizar denúncias oriundas de toda a cidade quando o assunto é os pets. “Todas as denúncias que chegam, permanecem sendo apuradas, mas o trabalho hoje é mais focado ao que acontece em Canoas”, conclui.

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