FALTA DE ÁGUA

CATÁSTROFE NO RS: Captação de água em Novo Hamburgo continua interrompida; veja o que diz a Comusa sobre a situação

Abastecimento de água na cidade foi interrompido na manhã de sexta-feira (3)

Publicado em: 05/05/2024 16:38
Última atualização: 05/05/2024 17:04

Em entrevista à Rádio ABC 103.3 fm na tarde deste domingo (5), o vice-prefeito de Novo Hamburgo e diretor-geral da Comusa, Márcio Lüders, atualizou a situação do abastecimento de água na cidade, interrompido ainda na sexta-feira (3), devido à cheia histórica do Rio dos Sinos.


Água havia baixado para 9,23m na manhã deste domingo (5) Foto: Comusa/Prefeitura de Novo Hamburgo

“Houve uma baixa importante do Sinos, de 9,73 para 9,23 metros, mas ainda não o suficiente para que a gente possa fazer avaliações. Não há como entrar, avaliar os equipamentos”, disse Lüders, que também informou ser necessário que a água baixe para 8,50m para fazer a análise dos transformadores. Às 16 horas, o nível já havia baixado para 9,15m.

“Há uma equipe no rio monitorando para entrar lá assim que for possível. É um procedimento bastante demorado, são equipamentos elétricos. Temos que dar segurança aos nossos servidores, tiramos do rio os motores que são peças mais difíceis e caras”, acrescentou.

Desta forma, ainda é impossível dar uma previsão de quando o reabastecimento de água potável será feito em Novo Hamburgo.

Atualmente, a cidade está com quatro caminhões-pipa trabalhando no abastecimento do Hospital Municipal, casas de saúde, lares de idosos e abrigos, onde mais de quatro mil pessoas estão sendo atendidas.

Dos quatro caminhões, um é próprio, dois são cedidos por cidades vizinhas e um foi locado de Santa Catarina, de onde mais um foi alugado e deverá chegar esta noite na cidade.

“Estamos trabalhando 24 horas por dia, mas há dificuldade em conseguir esses caminhões porque o desastre é em todo o Estado. Então buscamos alternativas, e estamos recebendo ajuda também dos bombeiros de Ivoti e Dois Irmãos. É um momento muito triste para todos, estamos imbuídos em poder fazer essa captação de água. Tudo o que a gente quer é que o sistema da Comusa esteja operando de forma normal. A angústia é muito grande, a gente sabe da necessidade, mas infelizmente ainda não temos como dar uma previsão”, detalhou Lüders.

O vice-prefeito disse também que o sistema de captação foi levado ao extremo, bombeando água até a altura de 8,67. “Em 2013, quando a enchente chegou a 8,40, a captação foi parada em 7,70, quase um metro abaixo do que foi agora. Nunca houve uma enchente que chegasse e ultrapasse os 9 metros”, finalizou.

Gostou desta matéria? Compartilhe!
Matérias Relacionadas