SAÚDE PÚBLICA

Falta de ambulância impede transferência de paciente para hospital em Novo Hamburgo

Idosa de 86 anos precisou permanecer na UPA mesmo após receber alta

Publicado em: 13/02/2024 20:51
Última atualização: 14/02/2024 09:23
A moradora de Novo Hamburgo Sandra Oliveira, e sua mãe, Sirley Ferreira Santos, de 86 anos, passaram por momentos desagradáveis desde o último final de semana, e revelam uma situação preocupante na saúde da cidade: a falta de ambulâncias para transporte de acamados.
Unidade de Pronto Atendimento (UPA) Centro, no bairro Rio Branco Foto: Inézio Machado/GES-Especial/Arquivo
Sirley possui Alzheimer e fibrose pulmonar, e por conta disso precisou ser internada na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) Centro, no bairro Rio Branco, no sábado (10). No dia seguinte, segundo a filha, a idosa deveria ter sido transferida para o Hospital Municipal, mas isso não aconteceu porque não havia ambulância disponível para o transporte de acamados. “Passou o domingo (11) e a segunda-feira (12) e ela não foi transferida. Quando era por volta do meio-dia desta terça-feira (13), deram alta, mas também não tinham ambulância para levar ela pra casa, e não tinha como levar ela de carro. Disseram que eu poderia alugar uma ambulância particular, mas o custo era de R$ 500”, relata Sandra. Outro problema, de acordo com a filha, é que como a mãe recebeu alta — mas continuou na UPA — ela deixou de receber a medicação. “Hoje (terça-feira) vieram colocar o acesso na mão dela, mas como as veias dela são muito finas, não conseguiram e ela ficou sem medicamento desde antes de ganhar alta”, acrescenta. Eram por volta de 16h30 quando uma ambulância ficou disponível para levá-la embora.

Problemas mecânicos

Em resposta, a Fundação Saúde de Novo Hamburgo (FSNH) informou que possui quatro ambulâncias destinadas somente ao transporte de pacientes, sendo duas para pacientes em geral, e duas equipadas para acamados. No entanto, uma dessas duas apresentou problemas mecânicos nos últimos dias e foi enviada ao conserto, fazendo com que apenas uma ambulância ficasse disponível para o transporte entre UPAs e o hospital, assim como o transporte de pacientes com alta que necessitam de maca para serem levados para casa. “Os casos de transferência envolvendo urgência e emergência estão sendo priorizados. A previsão é de que até esta quarta-feira (14) o veículo volte a circular”. A Fundação também informou que, em casos de acidentes e emergências, são utilizadas ambulâncias do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu).
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