POLÍCIA

Clínica clandestina é interditada pela segunda vez em Novo Hamburgo

Idosos estavam em ambiente insalubre e lar não possuia equipe técnica ou cuidadores

Publicado em: 17/01/2024 12:29
Última atualização: 17/01/2024 14:18

Falta de funcionários, paredes descascando, desorganização e falta de higiene. Essas eram as condições de vida de nove idosos na manhã desta quarta-feira (17), momento em que ocorreu uma operação conjunta para interdição do lar clandestino em Novo Hamburgo, no bairro Primavera.

Lar clandestino de idosos em Novo HamburgoGiordanna Vallejos/GES-Especial
Operação no lar clandestino de idosos em Novo HamburgoGiordanna Vallejos/GES-Especial
Operação no lar clandestino de idosos em Novo HamburgoGiordanna Vallejos/GES-Especial
Lar clandestino de idosos em Novo HamburgoGiordanna Vallejos/GES-Especial
Lar clandestino de idosos em Novo HamburgoGiordanna Vallejos/GES-Especial

A responsável encontrada no local era a mesma proprietária de uma ILPI interditada em dezembro de 2023 no município. “Foi recebida uma denúncia que tinha idosos aqui e ao vir verificar, a Vigilância Sanitária encontrou nove. Só que esses idosos já saíram de outro lar, interditado no ano passado no bairro Operário”, explica a presidente do Conselho do Idoso, Leny Fisch.

Condições precárias

O local apresenta condições precárias e falta de equipe para atender os cuidados básicos. “O lugar aqui é insalubre, com falta de higiene. Os idosos estão sem pessoas para cuidar. Eles aparentam estar relativamente bem, mas as condições do ambiente estão precárias. Eles têm uma funcionária apenas, que é a cozinheira, e muitos precisam de um atendimento de um técnico”, relata Leny.

A operação foi realizada pela Guarda Municipal, Polícia Civil, Brigada Militar, Secretaria Municipal de Desenvolvimento Social (SDS) e Conselho do Idoso. Foi registrada ocorrência policial contra a proprietária. Técnicos da SDS estão contatando familiares para remanejarem seus idosos.

Importância das denúncias

A presidente do Conselho do Idoso informa que em 2023, foram fiscalizados pelo Conselho, 28 lares, sendo que, na atualidade, existem 46 lares na cidade. Por isso, a fiscalização diária se torna praticamente inviável.

“Por isso a população precisa denunciar. Tem o disque 100, a Vigilância, a Promotoria, o Conselho, se esses órgãos não tomam conhecimento, não temos como fazer nada”, conclui ela.


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