PROJETO SOCIAL

Projeto Boleiros inicia mais um ano de sucesso nas quadras do São Leopoldo Tênis Clube

Iniciativa ensina o esporte a alunos da rede municipal e forma pré-equipe para competições; 36 participantes serão boleiros nas partidas do São Léo Open, no fim do mês

Publicado em: 08/03/2024 10:33
Última atualização: 08/03/2024 11:54

Começa na próxima semana a edição 2024 do projeto Boleiros, realizado pelo São Leopoldo Tênis Clube em parceria com a Secretaria Municipal de Educação (Smed). Por meio dele, alunos da rede municipal de ensino podem aprimorar seus conhecimentos sobre o esporte, praticando a modalidade nas quadras do clube com dois professores e de forma gratuita. Este é o terceiro ano do projeto social, que foi retomado em 2022 e, neste ano, será oferecido para até 80 alunos de três escolas: Castro Alves, Paul Harris e São João Batista.

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Parte da pré-equipe formada a partir do projeto sob a coordenação dos professores Rodrigo e Rafael Foto: Priscila Carvalho/GES-Especial
Entre os participantes da oficina, os estudantes que se destacam podem integrar a chamada “pré-equipe” do projeto, que treina em horários diferenciados, visando competições. Além disso, as crianças também estão sendo preparadas para atuar como boleiros nos jogos do São Léo Open de Tênis, torneio internacional ATP Challenger 75, sendo um dos maiores da modalidade no País e que, em 2024, ocorre de 24 a 31 de março, no clube leopoldense.

Pré-equipe

Professores no projeto, Rafael Stoffel Dal-Ri e Rodrigo Polidori Wendling contam que ele ocorre em três dias da semana, sempre no contraturno escolar, com horários diferentes para os que fazem parte da pré-equipe. Eles também detalham a diferença entre as categorias.

“(O projeto com os alunos) É uma iniciação ao esporte. São crianças que nunca tiveram contato com raquete e bolinha, então, são muito mais brincadeiras lúdicas, porque o objetivo é a criança gostar do esporte, se identificar com ele e com o local também, porque muitas nunca tinham entrado aqui (no São Leopoldo Tênis Clube)”, ressalta Wendling. “A partir que a criança vai mostrando aptidões e atitudes positivas, vamos avaliando se ela pode ir para a pré-equipe, que é onde treinamos mais focados, com menos brincadeiras e mais treinos, e há a possibilidade de participar de competições”, complementou.

Participantes da pré-equipe formada a partir do projeto aprendem fundamentos do tênisPriscila Carvalho/GES-Especial
Projeto Boleiros no São Leopoldo Tênis Clube - turma da pré-equipe, Manuela e ArthurPriscila Carvalho/GES-Especial
Projeto Boleiros no São Leopoldo Tênis Clube - turma da pré-equipe, Manuela e ArthurPriscila Carvalho/GES-Especial
Projeto Boleiros no São Leopoldo Tênis Clube - turma da pré-equipePriscila Carvalho/GES-Especial

Para formar futuros atletas

Atualmente, 12 jovens fazem parte da pré-equipe, que entra no seu segundo ano de implementação em 2024. Acompanhando os alunos, Dal-Ri destaca que eles demonstram boa evolução no grupo, que tem treinamento mais especializado, voltado à performance. Ele também destacou a importância da atividade para a descoberta de possíveis novos atletas da modalidade.

“Quem sabe, futuramente, cinco ou seis deles podem passar para a equipe do clube. É uma forma de achar talentos que talvez a gente não descobriria se não fosse esse projeto social, pela dificuldade de entrada no tênis”, ponderou.

Preparação para atuar no São Léo Open

Além da possibilidade de passar à pré-equipe e disputar competições, o projeto também oferece a chance dos participantes serem “boleiros” – que têm a função de ajudar na reposição rápida das bolinhas durante um jogo – de partidas. No final deste mês, 36 participantes do projeto serão boleiros no São Leo Open de Tênis. “Estamos fazendo treinamento com eles para estarem preparados, pois tem várias técnicas e regras que eles têm que cumprir para serem boleiros. Tem todo um protocolo de quando pode tocar a bola, como tem que mostrar a bola, tem momentos do jogo que eles não podem passar a bola entre um e outro. Tudo isso eles precisam saber”, explicou Dal-Ri.

Estudante da Escola Municipal de Ensino Fundamental (Emef) Paul Harris, Arthur Henrique de Barros Rodrigues, 11 anos, participa do projeto desde quando ele foi retomado, em 2022, e, no ano passado, entrou para a pré-equipe. Ele conta que não conhecia o tênis antes de participar da oficina. “Não sabia muito bem o que era. Comecei a jogar, vim pra cá e acabei gostando”, comentou o aluno, que será boleiro no São Leó Open pela segunda vez. “(Na primeira vez) Fiquei um pouco nervoso. Mas foi ótimo. A gente conseguiu ver jogadores profissionais jogando, conseguimos ver pessoas de outros países, falar com outras pessoas”, contou.

Os professores Rodrigo e Rafael orientam os seus boleirosPriscila Carvalho/GES-Especial
Projeto Boleiros no São Leopoldo Tênis Clube - turma da pré-equipe, Manuela e ArthurPriscila Carvalho/GES-Especial
Projeto Boleiros no São Leopoldo Tênis Clube - turma da pré-equipePriscila Carvalho/GES-Especial
Aprendizado e oportunidade para quem gosta de esporte

Também aluno da Emef Paul Harris, Luís Felipe Franzen da Veiga, 11 anos, já tinha uma noção do esporte por conta do dindo, que é professor. Ele conta que soube do projeto por um amigo, que o ajudou a entrar na oficina, de onde ele não quis mais sair, mesmo praticando também jiu-jitsu e futebol. “O que mais estou concentrado agora é o tênis porque eu vi que poderia me aprimorar”, comentou ele, que já faz parte da pré-equipe. “Em breve, espero participar de algum torneio, porque participando, mesmo se eu perder, eu vou aprender mais. Não é só pela medalha, é pelo aprendizado que tu ganha participando do torneio”, complementou.

Já sabendo o que era o tênis, a aluna da Emef São João Batista, Manuela Candor Krüger, 10 anos, diz que sempre quis jogar, e teve apoio dos pais para entrar no projeto e passar à pré-equipe. “Ela é habilidosa com esportes, mas ela que escolhe o que prefere e ela escolheu o tênis. Ela tinha tentado outros, mas ela gosta mesmo é do tênis”, conta a mãe, Caroline Candor, 41 anos, que elogia o projeto. “Pra ela está sendo ótimo. É uma atividade extra e onde ela tem a oportunidade de conviver com outras pessoas e mais crianças.”

 

 

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