Após os dois assassinatos cometidos na noite deste domingo (17), Canoas chegou à triste marca de 30 homicídios registrados em 2024, conforme dados da Secretaria Estadual de Segurança Pública.
Foto: POLÍCIA CIVIL/REPRODUÇÃO
Na noite da última quarta-feira (13), Canoas já havia registrado dois assassinatos em um intervalo de apenas duas horas. Os ataques a tiros foram organizados no bairro Guajuviras.
A nova onda de morte acendeu um novo alerta para a Brigada Militar (BM). Diante do aumento dos crimes, o comando do 15º Batalhão da Polícia Militar (BMP) direcionou esforços para conter a violência.
Segundo o tenente-coronel Clóvis Ivan Alves, responsável pelo comando da BM em Canoas, os bairros Guajuviras e Mathias Velho voltaram a ser cercados pela Brigada Militar durante a madrugada.
A ação incluiu o uso do helicóptero da corporação, que sobrevoou os dois bairros noite adentro, reforçando o trabalho dos Policiais Militares (PMs) em terra. O resultado foram quatro suspeitos presos.
“A nossa resposta foi enérgica”, afirma. “Prendemos quatro e apreendemos duas armas com suspeitos que sabemos que cometeriam homicídios nesta mesma noite”, complementa o oficial.
O comandante lamenta que mais uma vez uma criança tenha acabado sofrendo devido à violência inconsequente de criminosos, porém garante que o trabalho será intensificado mirando a prisão dos responsáveis.
“Nós vamos para cima deles com todos os meios disponíveis e vamos cessar com esta violência”, avisa.
Mais duas mortes
Foi por volta de 21h20, no bairro Guajuviras, que um ataque a tiros terminou não apenas na morte de um homem, resultando também em uma criança baleada. O menino foi socorrido até a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) Boqueirão devido a um ferimento na mão.
Horas antes, por volta de 18h30, houve um atentado a tiros em um bar no bairro Mathias Velho. Um homem foi morto e outros dois acabaram feridos em meio ao ataque cometido por homens armados em um carro.
Os crimes são apurados pela Polícia Civil desde o meio da noite de domingo. Conforme o delegado Arthur Hermes Reguse, titular da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) de Canoas, ainda não há suspeitos para os homicídios.
“Estamos apurando os fatos, mas ainda não é possível falar se há relação entre os crimes”, disse.
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