CRIME ORGANIZADO

Facções que movimentaram mais de R$ 127 milhões são investigadas por lavagem de dinheiro no RS e em outros três Estados

Entre os municípios com cumprimentos de mandados estão: Novo Hamburgo, São Leopoldo, Sapucaia do Sul, Sapiranga e Parobé

Publicado em: 12/03/2024 09:52
Última atualização: 12/03/2024 10:06

Visando desarticular o financiamento do crime organizado, a Polícia Civil faz buscas e trabalha para o cumprimento de até 130 ordens judiciais na manhã desta terça-feira (12). Conforme o delegado Guilherme Calderipe, em três anos foram movimentados mais de R$ 127 milhões em diversos ramos de negócio. “Eles se utilizam de empresas de diversos ramos, dentre eles revendas de veículos, para burlar os mecanismos de controle de movimentações financeiras.”



Operação policial busca descapitalizar facções criminosas Foto: Polícia Civil


O objetivo, segundo Calderipe, é “esquentar” e lavar o dinheiro do oriundo do tráfico de drogas. As ordens judiciais foram cumpridas em 28 municípios gaúchos. Entre as cidades estão: Novo Hamburgo, São Leopoldo, Gravataí, Cachoeirinha, Sapucaia do Sul, Sapiranga, Parobé, Tramandaí, Imbé, Viamão, Santo Antônio da Patrulha, Santa Maria e Porto Alegre. “Também foram cumpridos mandados em Santa Catarina, na grande Florianópolis, em São Paulo e no Mato Grosso do Sul.”

Em Porto Alegre, até às 9h30, duas pessoas haviam sido presas. Além disso, uma quantia de dinheiro em espécie foi encontrada em revenda de veículo da Avenida Bento Gonçalves. Cerca de 20 veículos foram apreendidos e o valor recolhido soma aproximadamente R$ 1 milhão.

Lavagem de dinheiro

Segundo a Polícia Civil, a investigação começou há três anos. O foco inicial era desarticular a facção nascida no Vale do Sinos e domina o tráfico de drogas em Gravataí. No entanto, durante o curso das investigações, outras facções também entraram na mira da Polícia. Todos os grupos utilizam o mesmo esquema para a lavagem do dinheiro.

O método utilizado visa transformar o dinheiro obtido de forma ilegal, em ganhos lícitos, principalmente em revendas de carros. Assim, as irregularidades são dificilmente detectadas pela Receita Federal.

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