OPERAÇÃO

Justiça confirma que 17 famílias foram removidas de condomínio popular de Igrejinha por inadimplência e ocupação irregular

Ação contou com a participação da Polícia Federal, agentes da Justiça Federal e da Brigada Militar; suspeita é que traficantes tenham tomado controle do residencial

Publicado em: 25/04/2024 08:46
Última atualização: 25/04/2024 08:55

A Justiça Federal confirmou que a operação desencadeada na quarta-feira (24) em um condomínio popular localizado no bairro Bom Pastor, em Igrejinha, resultou na reintegração de posse de 17 imóveis que estavam ocupados irregularmente por pessoas não beneficiadas pela política governamental habitacional ou por inadimplência dos titulares.


Operação da Polícia Federal conta com o apoio da Brigada Militar e do Choque Foto: Arquivo pessoal

Conforme nota da assessoria, em toda a Justiça Federal da 4ª Região tramitam centenas de ações de reintegração de posse ajuizadas pela Caixa Econômica Federal, cujo objetivo é a retomada de imóveis por tais irregularidades.

Ainda conforme nota, a operação foi desencadeada para recuperar os imóveis para que possam ser destinados em conformidade às suas regras, a pessoas que aguardam pela disponibilização de moradias populares. "Nos referidos processos, os ocupantes dos imóveis foram notificados previamente para desocupação voluntária no prazo de 60 dias. Aqueles que não cumpriram a ordem estão sendo retirados coercitivamente dos imóveis hoje [ontem]."

A Justiça Federal destacou que as reintegrações de posse dos apartamentos do Residencial Erna Grins foram concedidas, mas acabaram temporariamente suspensas em 2023 para viabilizar tratativas de acordo. "Apesar do longo lapso temporal para essas tratativas, os envolvidos nos processos, juntamente com as Defensorias Públicas Estadual e Federal, não chegaram a um consenso. Terminado o período de suspensão para tentativa de composição amigável, os mandados de reintegração retomaram eficácia", pontua a Justiça.

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A operação, que contou com a participação da Polícia Federal e da Brigada Militar, inclusive com o Batalhão de Choque, mira um esquema fraudulento de compra e venda ilegal de imóveis adquiridos pelo programa Minha Casa Minha Vida. A suspeita é de que traficantes ligados a uma organização criminosa tenham ocupado o Residencial Erna Grins e passado a controlar o local, expulsando moradores e negociando os imóveis vagos.

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A PF preferiu não se manifestar sobre o caso. Neste momento, conforme a corporação, os policiais apenas apoiaram a ação de reintegração de posse no âmbito do processo que tramita na Justiça Federal.

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