MORTO AOS 7 ANOS

CASO MIGUEL: Mãe e madrasta serão julgadas nesta semana pelo assassinato do menino em Imbé

Crime aconteceu em julho de 2021; corpo foi colocado em uma mala de viagem e jogado no Rio Tramandaí

Publicado em: 01/04/2024 11:30
Última atualização: 01/04/2024 11:36

Há quase três anos, em julho de 2021, o menino Miguel dos Santos Rodrigues, de 7 anos, foi assassinado. Na próxima quinta-feira (4), a mãe e a madrasta, Yasmin Vaz dos Santos Rodrigues, 28 anos, e Bruna Nathiele Porto da Rosa, 26, irão à júri pelo assassinato. O julgamento será no Foro de Tramandaí.

Miguel dos Santos Rodrigues, de 7 anos Foto: Reprodução

A mãe do menino, Yasmin, e a companheira dela foram indiciadas pelo Ministério Público pelos crimes de tortura, homicídio qualificado (motivo torpe, meio cruel, recurso que dificultou a vítima) e ocultação de cadáver. Elas e 25 testemunhas foram interrogadas em audiências da Comarca de Tramandaí no ano em que o crime aconteceu.

A data do júri foi marcada pelo Juiz de Direito Gilberto Pinto Fontoura, da 1ª Vara Criminal da Comarca de Tramandaí, após o esgotamento de recursos das defesas contra a decisão, definindo que as rés devem ser julgadas pelo Tribunal do Júri.

Caso Miguel

Miguel morava com a mãe e a madrasta. De acordo com a denúncia do MP, na madrugada de 29 de julho de 2021, ele foi morto pelo casal após ser torturado e teve o corpo colocado em uma mala de viagem. Eles jogaram a mala no Rio Tramandaí. As mulheres confessaram o crime à Polícia Civil.

A motivação teria sido porque Miguel atrapalhava o relacionamento delas. Conforme o MP, a denúncia contra as acusadas deu-se pelo fato delas submeterem a vítima a agressões físicas, privação de liberdade, intenso sofrimento mental e emocional.

Além disso, Yasmin e Bruna respondem por planejar, arquitetar e executar o homicídio triplamente qualificado e ocultação de cadáver. Em novembro de 2021, uma reconstituição do crime foi realizada com a participação da madrasta e sem a presença da mãe de Miguel.

Em interrogatório durante audiência do processo criminal, Bruna atribuiu à mãe a responsabilidade pela morte do menino. Yasmin, ficou em silêncio.

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