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GOLPE: Saiba como grupo criminoso com 9 golpistas presos agia para enganar vítimas

Golpistas foram alvo da Polícia Civil na região e em outras cidades do RS na manhã desta quinta-feira (25)

Publicado em: 25/04/2024 13:36
Última atualização: 25/04/2024 13:38

Nove pessoas foram presas na manhã desta quinta-feira (25) em operação da Polícia Civil. A ação envolveu os municípios de Antônio Prado, Caxias do Sul, Canela, Novo Hamburgo e Porto Alegre.

Entre os golpes, o grupo criminoso comprava mercadorias em sites de compra on-line usando perfis falsos para enganar os vendedores.


Nove pessoas foram presas Foto: Polícia Civil

No golpe, eles enviavam comprovantes de pagamento inexistentes aos comerciantes. No entanto, após as vítimas notarem que se tratava de estelionato, os criminosos passavam a ameaçar as vítimas, para evitar denúncias à Polícia. Além disso, os vendedores seguiam sendo extorquidos, sendo obrigados a pagar outros valores aos bandidos.

 

Durante os seis meses de investigação, os policiais identificaram que outro golpe também era praticado, igualmente na modalidade de extorsão.

Neste caso, os criminosos entravam em contato com prestadores de serviço, afirmando que determinado conserto não foi realizado da forma que deveria. Eles então faziam o pedido de ressarcimento, porém, sob ameaças.

Armas, munições e ameaça de morte

Segundo a Polícia Civil, em um dos casos, o proprietário de uma mecânica foi alvo por supostamente ter entregue um veículo sem funcionar. Eles afirmaram que o automóvel estava cheio de drogas e armas da facção e por estragar, os materiais foram recuperados por policiais.

A partir do suposto prejuízo, a vítima passou a ser cobrada e obrigada a ressarcir os bandidos. Muitos destes golpes eram aplicados de dentro da prisão. Na Penitenciária Estadual de Caxias do Sul, a Polícia encontrou dez aparelhos celulares, todos com chip.


Celulares usados em golpes foram encontrados no Presídio de Caxias do Sul Foto: Polícia Civil

Os telefones estavam em um esconderijo construído pelos detentos exclusivamente para essa finalidade.

Conforme o delegado regional de Canoas, Cristiano Reschke, as prisões só foram possíveis devido ao auxílio das vítimas.

“Com a contribuição das vítimas, ainda que de forma velada, alcançaremos outros nós da estrutura da organização criminosa, incluindo seu braço financeiro e a lavagem de dinheiro, em especial, para atacar o que move o crime: o dinheiro”, completa.

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